Estudante de medicina do Pará é alvo de investigação da PF sobre fraudes no Enem

Segundo os inquéritos, o aluno teria feito os exames de 2022 e 2023 e cobrado R$ 150 mil dos outros envolvidos

Reprodução: Comunicação Social da Polícia Federal em Marabá Estudante de medicina do Pará é alvo de investigação da PF sobre fraudes no Enem A investigação segue em andamento para verificar se existem outros casos de fraude.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (16) a operação Passe Livre, com o objetivo de combater fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


Um estudante de medicina da Universidade Estadual do Pará (UEPA) em Marabá, André Rodrigues Ataíde, é suspeito de ter realizado as provas do Enem de 2023 e 2022 no lugar de dois outros candidatos.


Segundo a PF, as investigações foram iniciadas após uma denúncia anônima. A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos originais.


Três pessoas foram alvos de mandados de busca e apreensão: o estudante de medicina e os dois candidatos que teriam se beneficiado da fraude. Nas casas dos investigados, foram apreendidos celulares, provas do Enem de 2019 a 2023 e manuscritos.


Segundo o inquérito da Polícia Federal, André teria recebido a quantia de R$ 150 mil reais, dos outros dois investigados, para realizar as provas em seus lugares.


Com base nas notas obtidas por meio da fraude, os dois candidatos foram aprovados em medicina na Uepa.


A defesa dos estudantes negou as acusações e afirmou que não há provas de crime. Em pronunciamento oficial pelas redes sociais, concluiu que disponibilizará as contas bancárias do estudante André para que seja provada a sua inocência.


“A Polícia Federal não conseguiu confirmar em sede de inquérito policial que André esteve na cidade de Itupiranga no dia da realização da prova do Enem, o que demonstra mais uma vez a fragilidade do inquérito feito pela Polícia Federal”, disse a defesa de André.


A investigação segue em andamento para verificar se existem outros casos de fraude.


*Sob supervisão de Marcelo Freire