Importunação a baleia: Bolsonaro diz que recebeu multa de R$ 2,5 mil do Ibama

A multa, segundo publicou o ex-presidente, foi aplicada no dia 1º de abril, três dias após a PF concluir o inquérito sobre o caso e não pedir seu indiciamento

Importunação a baleia: Bolsonaro diz que recebeu multa de R$ 2,5 mil do Ibama

O ex-presidente Jair Bolsonaro diz ter recebido uma multa do Ibama, de R$ 2,5 mil, por importunação a uma baleia jubarte durante passeio de moto aquática em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, em junho de 2023.


A multa, segundo publicou o próprio Bolsonaro, foi aplicada no dia 1º de abril, três dias após a Polícia Federal (PF) concluir o inquérito sobre o caso e não pedir o indiciamento do ex-presidente.


De acordo com auto de infração, Bolsonaro molestou “de forma intencional espécime de cetáceo em águas juridisdicionais brasileiras”.


Ainda segundo o documento, o ex-presidente tem 20 dias para apresentar a defesa contra o auto de infração “ou aderir a uma das soluções legais possíveis para o encerramento do processo”.


Na redes sociais, Bolsonaro publicou a multa e chamou de “perseguição sem fim”.


Procurado, o Ibama ainda não se manifestou.


A CNN apurou que o ex-presidente deve anexar na defesa o relatório do inquérito da Polícia Federal sem o seu indicIamento.


Caso o Ibama rejeite o recurso, Bolsonaro estaria disposto a pagar a multa para encerrar o processo.


Para o delegado responsável pela investigação na PF, Breno Adami Zandonadi, por mais que “as condutas dos investigados se mostraram inadequadas”, as provas dos autos “não chegaram a efetivamente representar os intencionais molestamentos previstos no tipo penal”.


O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal, a quem cabe decidir se há elementos para oferecer denúncia. O MPF também pode solicitar mais diligências.


A investigação durou cinco meses e foi aberta a partir da publicação de um vídeo nas redes sociais, em que Bolsonaro aparece em um jet ski com motor ligado a aproximadamente 15 metros do animal.


A lei brasileira proíbe pesca e “molestamento intencional” desses animais nas áreas litorâneas. A pena para esse tipo de crime é de dois a cinco anos de prisão, além de multa.