Construtoras investem em estoque de terrenos na capital

Construtoras investem em estoque de terrenos na capital

O momento delicado pelo qual a economia do país tem passado trouxe uma oportunidade paras as construtoras. Algumas empresas enxergam o momento propício para a compra de terrenos e para ficar atento às possibilidades. O esforço de quem decide lançar um empreendimento imobiliário é descobrir novas áreas, embora os consumidores ainda tenham locais considerados as “preferidas” para se morar em Campo Grande. Segundo o diretor-tesoureiro da CVI/MS (Câmara de Valores Imobiliários do Estado de Mato Grosso do Sul), Dilson Tadeu Auerswald, todas as regiões da cidade têm áreas em negociação. O metro quadrado em áreas mais nobres custa até R$ 1,5 mil.

Segundo ele as regiões da cidade com áreas mais valorizadas são aquelas onde a procura é grande, mas não há oferta. “Os bairros Jardim do Estado, Carandá Bosque, Giocondo Orsi e Autonomista, por exemplo, estão nesta situação de poucas ofertas. Além destas os terrenos em condomínios residências também estão em alta”.

Auerswald destaca que no bairro Jardim dos Estados o metro quadrado, de área não construída, custa em torno de R$ 1,2 mil. Já no Carandá Bosque o metro é cotado a R$ 600. “Outra região muito importante é a do entorno do Parque das Nações Indígenas. Todas as regiões onde é autorizada a construção de prédios costuma ser bem valorizada. No parque, o metro quadrado custa R$ 1,5 mil”, informa.

Construtoras ampliam recursos destinados para novas aquisições

Atuando no Estado o grupo Plaenge e a MRV Engenharia estão de olho nesse mercado. A MRV Engenharia, por exemplo, vai aplicar R$ 250 milhões do seu caixa neste ano para equilibrar o seu estoque de terrenos no país. O presidente da companhia, Rafael Menin, disse que os terrenos estão, em média, 10% mais baratos que há dois anos.

Segundo o presidente, a companhia tem atualmente em carteira R$ 36,3 bilhões em seu banco de terrenos, o que equivale em potencial de construção de 237.946 unidades. De acordo com o presidente da empresa, o mercado de imóveis econômicos ainda é muito carente. “A empresa na contramão da crise já adquiriu 256 mil metros quadrados, na Capital, para construção de 4.350 unidades. A meta da MRV é adquirir em 2016 terrenos para construção de mais mil unidades residenciais também em Campo Grande.

Hoje, a construtora tem em andamento na cidade 1.750 unidades”.

Na Plaenge, segundo as informações da empresa, as aquisições de terrenos acontecem de forma organizada, mantendo um banco de terrenos, com produtos prontos para serem lançados nos momentos adequados e de acordo com a demanda. “Atualmente, as empresas do Grupo Plaenge contam com banco de terrenos, em Campo Grande, suficiente para os próximos anos, hoje em número de 18 áreas, mas estamos sempre atentos às boas oportunidades de compra. Inclusive, iremos escriturar dois novos terrenos na próxima semana, aproveitando essa fase que está boa para quem compra”, explicou o diretor da Plaenge, Edison Holzmann.

De acordo com o diretor no momento não há previsão de expandir os investimentos para o interior do Estado, de maneira que ficarão concentrados em Campo Grande. No seguimento residencial o Grupo Plaenge, por meio de suas marcas Plaenge e Vanguard Home, já entregou 331 torres onde moram mais de 75 mil pessoas. Em Campo Grande, o grupo atua em regiões que atendam o público específico de cada produto e segmento de mercado. As principais regiões são do Jardim dos Estados, entorno da Via Park e bairro São Francisco.

Maior volume de negociações continua sendo feito na periferia

Apesar de as áreas centrais serem consideradas as “queridinhas” por quem sonha com a casa, o diretor da CVI/MS destaca ainda que a maior comercialização de terrenos ocorre nas periferias da Capital. “A procura maior é nesses locais mais afastados do centro, pois, os terrenos são mais baratos. As pessoas compram e constroem para a comercialização. Na região norte, por exemplo, isso acontece comumente”, finaliza Auerswald, lembrando os lotes adquiridos por empreiteiros de menor porte para a construção de casas.

O movimento de compra de terrenos é nacional. Na região metropolitana de São Paulo foram lançadas 40.177 unidades neste ano.

*O Estado Online

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