Repasse milionário não garante remédios nos postos de saúde

Repasse milionário não garante remédios nos postos de saúde

Durante os primeiros cinco meses do ano, o Ministério da Saúde repassou R$ 1.692.035,50 para a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) adquirir medicamentos que fazem parte da lista de assistência farmacêutica do Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo assim, faltam remédios nos postos de Campo Grande. Alguns dos itens são básicos, como paracetamol, o analgésico ácido acetilsalicílico (popularmente conhecido como AAS) e o anti-inflamatório ibuprofeno.

Enquanto os remédios não são encontrados nas unidades de saúde, documentos disponíveis no site da Secretaria Municipal de Administração mostram que eles deveriam estar em estoque. Ata de registro de preços da Central Municipal de Compras e Licitações comprova a compra no valor de R$ 73,9 mil de ibuprofeno, por exemplo, em contrato vigente até terça-feira passada, dia 21. Já o paracetamol, que também está em falta, foi adquirido ao custo de R$ 219,4 mil – em ata vigente até o dia 19 de maio.

A insuficiência de remédios nas farmácias dos postos de saúde da Capital fez o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) iniciar auditoria na Sesau, há dez dias, com objetivo de identificar as falhas no abastecimento. “O TCE iniciou auditoria nos documentos entre janeiro e abril. São quatro auditores, que trabalham na Sesau, para apontar os problemas”, explicou o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião Arinos Júnior.

*Correio do Estado

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