Tapete de Corpus Christi é tradição que une fiéis

Tapete de Corpus Christi é tradição que une fiéis

O belo tapete colorido mais uma vez cobriu a Rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande. É feriado de Corpus Christi. A atividade fez católicos de mais de 30 paróquias católicas da Capital levantarem de madrugada pelo prazer de trabalharem unidos em uma tradição de fé.

A coordenadora da comunidade Paroquia Divino Paráclito, Maria Regina, já participa da confecção do tapete há 10 anos. “Ficamos sempre na expectativa que a população compareça neste dia e que possam cultuar a eucaristia”, explica. A confecção é trabalhosa e depende do trabalho em conjunto de todos. Para que fiquem lindos é necessário empenho e capricho nos detalhes. O Padre Odair Costa da Igreja Santo Antônio, acompanha a data desde criança e como padre já tem sete anos.

Segundo ele, as igrejas começam a se preparar para a atividade dois meses antes do Corpus Christi. O padre cita que a participação tem crescido ano após ano. Ele menciona uma passagem da Bíblia que retrata esse dia, em Gêneses capítulo um. “A terra, no princípio, estava sem forma: antes de Deus usar seu eterno poder para organizar, tudo estava em caos (Gênesis 1:2). Além disso, a terra estava vazia: antes de Deus criar, havia uma imensidão de nada, um abismo vazio.

E ainda mais, a terra jazia em trevas: antes de Deus trazer a luz, havia somente uma escuridão profunda. A partir desta situação original da terra, observemos a maneira de Deus trabalhar, assim aprendendo muito sobre a sua divindade (sua natureza como ser divino).” Entre os dedicados devotos está também Irênio Franco, que acompanha e participa da atividade há 18 anos. Ele é da comunidade Nossa Senhora da Conceição. Irênio se diz feliz com a participação da juventude. “Fico muito feliz com a participação dos jovens, é uma bênção muito grande”, analisa. A freira Adriana está em Campo Grande há três meses, vinda da Argentina.

Ela conheceu o tapete na Capital e afirma que está achando a ação linda. “Vejo a fé do povo e todos trabalhando em conjunto, sem diferença de idade”. Segundo a freira, na Argentina não se vê um cenário como o da Capital no dia de Corpus Christi. “Temos uma procissão, e em alguns lugares se faz pequenos altares”, relata.

O dia de atividades teve a participação também do arcebispo de Campo Grande Dom Dimas Barbosa. Pela manhã, ele visitou hospitais, Uneis e presídios. No período da tarde, celebrar[a uma missa na Rua 14 de julho, esquina com a Avenida Mato Grosso, e na sequencia realizará uma procissão até a Avenida Fernando Corrêa da Costa.

*Diariodigital

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