Casal recebe transferência de R$ 32 mil por engano, procura dono na internet e devolve o dinheiro em MS; 'ficar com o que não é nosso é roubo'

O caso aconteceu em Bonito, e o farmacêutico que fez a transferência bancária por engano só descobriu o erro após ser avisado por quem recebeu.

Casal recebe transferência de R$ 32 mil por engano, procura dono na internet e devolve o dinheiro em MS; 'ficar com o que não é nosso é roubo' Transferência por engano. — Foto: Arquivo pessoal

O que você faria se recebesse uma transferência bancária de R$ 32 mil por engano? Isso aconteceu com um casal de Bonito (MS), a 283 quilômetros de Campo Grande. No dia 12 de setembro, o monitor de turismo, João Paulo Ajala Gomes e sua esposa Elaine Pinto da Costa, receberam uma transferência, no valor de R$ 32.555,62 mil.


O susto foi grande quando a mulher recebeu uma mensagem do aplicativo bancário informando o novo saldo da conta. Após se acalmarem, Elaine ficou preocupada e junto com o marido decidiu pesquisar o nome do responsável pela transferência bancária nas redes sociais.


Para a surpresa deles, o desconhecido, se tratava também de um morador do mesmo município, um farmacêutico.


Sem pensar duas vezes, o casal decidiu ir até o estabelecimento para falar sobre o engano.


“Na hora pensamos em devolver porque não era nosso”, conta João Paulo.

Segundo o casal, uma das maiores preocupações com a situação era o exemplo que dariam para a filha, de 4 anos.


Alinhamento: EsquerdaTamanho: Original
“O que ela iria pensar? Iria ficar para a história que os pais roubaram o dinheiro do cara. Ficar com o que não é nosso é roubo”, ressalta.

No dia seguinte, o casal foi até o estabelecimento e contou tudo sobre o depósito a Ricardo Soler, dono do dinheiro. Ele conta que estava tomando café, quando João entrou no estabelecimento, se apresentou e contou o motivo que havia o levado até ali.


Até aquele momento, Ricardo não sabia que tinha errado a transferência.


“Aí que fui me dar conta”, diz, relembrando o passo a passo da transferência de uma conta física para a jurídica. “Honestidade igual essa está difícil, ainda mais no país que estamos vivendo”, pontua Soler.

João conta que depois de todo o esclarecimento e da devolução, o sentimento foi de dever cumprido.

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