Amoêdo diz que é cedo para definir apoio para o 2° turno

Amoêdo diz que é cedo para definir apoio para o 2° turno

Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, do Partido Novo, estreante numa disputa presidencial, disse que o partido ainda decidirá sobre eventual apoio no segundo turno, mas afirmou que o coordenador econômico de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, tem ideias econômicas alinhadas às da legenda.

“A gente vai discutir bem isso (apoio no 2° turno). Estamos comemorando os resultados e estruturando a atuação dos parlamentares eleitos. O PT é muito desalinhado com o que o Novo pensa, mas gostaria de ouvir um pouco mais do outro candidato (Bolsonaro). Nessas três semanas vamos conhecer um pouco mais, as ideias e as pautas dos dois candidatos. Ainda é cedo para dizer”, disse Amoêdo, antes de apontar as diferenças entre o candidato Jair Bolsonaro e o economista Paulo Guedes.

“Ele (Bolsonaro) tem algumas ideias na parte econômica, vindo de seu assessor para essa área, o Paulo Guedes, que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica, privatização de estatais. Mas, de novo, o problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Ele, como deputado (Bolsonaro tem 28 anos de atuação parlamentar), nunca foi um grande defensor dessas pautas olhando seu histórico de atuação”, afirmou o candidato derrotado do Novo.

Sobre a disputa entre Bolsonaro e Haddad, o candidato do Novo criticou os movimentos extremados de um e os casos de corrupção do partido do outro. “Tem posicionamentos dele (Bolsonaro) que nos parecem muito extremados. Por outro lado, o PT também promoveu uma corrupção na máquina pública que é inaceitável. Tem que pesar não só a pauta econômica, mas o procedimento, a veracidade, a disposição de colocar as pautas e a forma como vai ser dado o tratamento ao cidadão, à preservação das instituições”, disse.

Por fim, Amoêdo elogiou a participação do Novo em sua primeira eleição. “O balanço é muito positivo. O Novo existe há praticamente três anos desde sua data de registro e não tinha nenhum político em sua base partidária a não ser os vereadores eleitos em 2016. Tinha também pouca exposição na mídia, tempo de TV e, mesmo assim, termina com 20 deputados eleitos – 8 federais, 11 estaduais e 1 distrital. Eu terminei em 5° lugar e temos um candidato indo para o segundo turno no segundo maior colégio eleitoral do País, o Romeu Zema, em Minas.”

*Veja

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