Após briga por cargos, Bernal tenta acordo de última hora com o PT

Após briga por cargos, Bernal tenta acordo de última hora com o PT

O prefeito de Campo Grande está tentando reduzir a força da oposição na Câmara de Campo Grande. Após período difícil, com pouquíssimos vereadores defendendo sua gestão - Cazuza (PP) e Luiza Ribeiro (PPS) - o prefeito tenta conquistar o trio de petistas.


A situação é tão precária que Bernal não tem nem líder na Câmara e provoca críticas, mas também piada entre os parlamentares, que se perguntam: líder de quem? A indagação aparece quando vereadores lembram que Bernal só tem dois dos 29 vereadores de acordo com a gestão dele.

Diante do cenário caótico e em ano eleitoral, Bernal está, como todo começo de ano, tentando uma aproximação com vereadores, que amenize a situação delicada que deve enfrentar, caso queira se candidatar à reeleição. Sem dinheiro e com uma cidade cheia de buracos, que aumentam a cada dia, o prefeito tem pouco tempo para mostrar que sabe administrar. Se não conseguir, ele tem como discurso apenas a reclamação de que lhe tiraram o direito de prefeitar.

Desta vez ele se reuniu com a bancada do PT, rompida com ele desde o ano passado, após troca de acusações. O trio de vereadores petistas, composto por Alex do PT, Ayrton do PT e Roberto Durães, se reuniu com o prefeito para falar de governabilidade. Durães substitui a vereadora Thais Helena (PT), cassada por compra de votos, e pode ser peso decisivo nesta escolha entre ser base ou oposição a Bernal.

Thais era um das vereadoras que defendia independência do PT, por não enxergar boa vontade em Bernal para o diálogo. Diferentemente de Alex, que chegou a falar em apoio à candidatura de Bernal à reeleição, com indicação de vice, Thais pedia independência do partido para lançar candidato próprio.

A polêmica saída do PT rendeu diversas especulações, com direito a troca de acusações por conta de cargos. Bernal reclamou da ganância do PT por secretarias, que por sua vez acusou o prefeito de tentar barganhar cargos em troca de apoio à reeleição, o que não foi aceito. Além disso, petistas reclamaram dos postos oferecidos, avaliados por eles como de pouca expressão, como a secretaria da Juventude.