Candidato do Lula? Agenda presidencial cria saia-justa na Capital

Candidato do Lula? Agenda presidencial cria saia-justa na Capital

O presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva (PT), desembarca em Campo Grande às 9h30 desta sexta-feira. No cargo político mais importante do País, Lula é considerado puxador de votos, mas em Mato Grosso do Sul faz muitos políticos temerem rejeição. Foi por esse motivo, por exemplo, que a Câmara não aprovou título de visitante ilustre para ele na sessão de ontem.


A agenda de Lula levantou questionamentos sobre a presença das lideranças políticas. Bolsonarista, Adriane Lopes (PP), que inclusive tenta apoio de Jair Bolsonaro (PL) para a reeleição, não comparecerá. A assessoria alega que ela já tinha compromisso agendado com Tereza Cristina (PP), em São Paulo. Na Assembleia, ao ser questionado se iria na agenda, o esposo de Adriane Lopes, deputado Lídio Lopes, sorriu, e disse que não.


A agenda de Lula era aguardada principalmente pelo PT, que aposta no presidente para voltar a crescer no Estado. Hoje, o partido tem apenas a prefeitura de Ribas do Rio Pardo. Hoje, o partido tem como pré-candidata para Capital a deputada Camila Jara (PT), que deve aproveitar a agenda para grudar em Lula e tentar subir nas pesquisas.


Camila tem como principal adversária no grupo da esquerda a superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Rose Modesto (União). A aliança com Rose chegou a ser defendida por Vander Loubet (PT) e Zeca do PT. A ex-deputada tem cargo no Governo Federal, mas não fez campanha para Lula. A agenda na Capital será um teste e tanto para a pré-candidata, que inclusive avalia o quanto será favorável ou prejudicial esta aliança com o PT para campanha dela. A reportagem questionou Rose se ela estará presente, mas não recebeu retorno.


O deputado Lucas de Lima, que é pré-candidato pelo PDT, um partido de centro-esquerda, também não deve comparecer. Ele alegou à reportagem que tem um compromisso no interior do Estado. A reportagem também questionou o pré-candidato do PSDB, deputado Beto Pereira e do MDB, André Puccinelli, sobre a presença, mas não recebeu retorno.


Em uma eleição que promete ser apertada, como há muito tempo não se vê na Capital, o apoio do atual presidente pode ser decisivo principalmente no segundo turno, que é quase certo. Há quem diga que o apoio da esquerda no segundo turno da eleição para o Governo do Estado foi decisivo para vitória de Eduardo Riedel (PSDB) contra Capitão Contar (PRTB).


Pesquisa do Instituto Ranking, divulgada recentemente, perguntou à população quem transfere mais votos para a eleição. Bolsonaro foi o mais citado, com 40%; seguido por Lula, 18%; Eduardo Riedel, 12%; Tereza Cristina, 8%; Reinaldo Azambuja, 7%; e Zeca do PT, 4%. Outros 11% não sabem ou não responderam.


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