Empresário réu pelo desvio em Amambai é transferido para Presídio de Trânsito na Capital

Empresário réu pelo desvio em Amambai é transferido para Presídio de Trânsito na Capital Preso em Corguinho, Varoni foi transferido para o Presídio de Trânsito (Foto: Arquivo)

Após quatro meses foragido, desde 16 de novembro do ano passado, o empresário Júlio Arantes Varoni, 61 anos, foi transferido, na manhã de quarta-feira (3), para o Presídio Estadual de Trânsito, em Campo Grande. Réu pelo desvio milionário em Amambai, ele foi preso na Sexta-Feira Santa (29) em Corguinho, a 99 quilômetros da Capital.


De acordo com o boletim de ocorrência, Varoni foi localizado pela Polícia Militar na Fazenda Furna das Onças, na zona rural de Corguinho. Na audiência de custódia, no sábado, o juiz Bruno Henrique dos Santos Bueno Silva manteve a prisão preventiva do engenheiro civil, que também se apresenta como pecuarista.


Apesar de estar foragido há quatro meses, o engenheiro civil e dono da Mariju Engenharia negou integrar a organização criminosa comandada pelo vereador Valter Brito da Silva (PSDB). “Isto porque, a empresa Mariju Engenharia é muito anterior aos fatos, tendo em vista que foi constituída em 2003, e sempre participou de diversas licitações antes da época dos supostos delitos (2018/2019) imputados ao Requerente, encerrando de fato suas atividades no final de 2019, apesar de não ter sido baixada até a presente data, ante a existência de parcelamento de débitos fiscais, motivo pelo qual o seu endereço, atualmente, coincide com o endereço residencial do Paciente”, explicou-se.


No entanto, os pedidos de revogação da prisão preventiva foram negados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e pelo Superior Tribunal de Justiça. Varoni chegou a culpar o MPE pela fuga, ao alegar que os promotores erraram o seu endereço durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na Operação Laços Ocultos em Amambai.


Acusado de integrar a organização criminosa chefiada pelo vereador Valter Brito da Silva (PSDB), o empresário virou réu pelos crimes de corrupção, organização criminosa, peculato e fraude em licitações.


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