MS distribui 108 mil doses amanhã (18) e antecipa vacinação contra Influenza

Mato Grosso do Sul inicia amanhã (18) as distribuições de 108 mil doses de vacinas contra a Influenza para seus municípios, antecipando ainda para esse mês de março o início da campanha anual de combate à doença, já que o País registra em seu território um aumento na circulação dos vírus respiratórios.

Vale lembrar que, tradicionalmente, a campanha nacional anual de imunização contra a Influenza é iniciado em abril, estendendo-se pelo território nacional até o mês de maio.

Como bem esclarece a coordenadora de imunização da Secretaria de Estado de Saúde, Ana Paula Goldfinger, a partir dessa segunda-feira (18) as doses passam a ser liberadas para que os municípios retire as unidades na rede de frio e imunização da SES.  

"A campanha já vai começar, mas cada município iniciará a depender da estratégia e organização e do que consegue disponibilizar para o seu território", complementa Ana Paula Goldfinger. 

Conforme a SES, as 108 mil doses do imunizante chegaram ainda no fim da tarde de sexta-feira (15), para que o Estado de Mato Grosso do Sul inicie a campanha que já entra em seu vigésimo sexto ano de execução nacional. 

Importante ressaltar que essa vacina em questão protege contra os principais vírus que circulam em território nacional, ou seja, "apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação – A (H1N1); A (H3N2) e B (linhagem B/Victoria", pelas palavras da Secretaria de Saúde. 

Diante disso, a 26ª edição da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza mantém a função de diminuir tanto as complicações e internações causadas pela doença, até mesmo os casos de óbitos causados pelas infecções na população. 

De modo geral, os sintomas começam a se manifestar entre o primeiro e o quarto dia da infecção e os mais comuns são:

Febre;

Calafrios;

Tosse;

Dor de garganta;

Nariz escorrendo ou entupido;

Dor muscular e/ou corporais;

Dor de cabeça;

Fadiga (cansaço);

Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.

Grupos e alvos

Conforme a coordenadora de imunização, o grupo prioritário local em Mato Grosso do Sul ultrapassa a casa de um milhão de pessoas, por isso, é preciso que a população se atente à quando as unidades de saúde mais próximas irão iniciar a oferta das vacinas. 

São liberados a se vacinar os seguintes públicos: 

Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;

Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;

Trabalhadores da Saúde;

Gestantes;

Puérperas;

Professores dos ensinos básico e superior;

Povos indígenas;

Idosos com 60 anos ou mais;

Pessoas em situação de rua;

Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

Profissionais das Forças Armadas;

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

Pessoas com deficiência permanente;

Caminhoneiros;

Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

Trabalhadores portuários

Funcionários do sistema de privação de liberdade;

População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

Ainda, para as crianças que nessa edição da campanha recebem o imunizante pela primeira vez, deve ser aplicado um reforço com a segunda dose ministrada após o intervalo de 30 dias. 

"Importante ressaltar que o Ministério da Saúde traz a abertura de todos esses grupos nesse ano. Não iniciaremos por um grupo específico, já que como sugestão [da pasta federal] é que seja aberto para todo grupo elencado como prioritário, para que a gente não fique somente com um grupo reduzido na campanha", complementa Ana Paula Goldfinger. 

Além disso, o próximo dia 15 de abril fica marcado no calendário estadual de Mato Grosso do Sul como "Dia D" de mobilização e vacinação contra a influenza. 

Influenza em números

Em todo o ano de 2023, foram registrados 5.826 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Estado, sendo 467 destes casos confirmados para Influenza, e 63 óbitos.

No período, 239 pessoas foram diagnosticadas com Influenza A, sendo 197 dos casos de HN1. Para Influenza B, foram 228 casos confirmados.

Dos óbitos registrados, 36 foram em decorrência da H1N1, 24 por Influenza B e três por Influenza A não sub tipada.

Dos 63 óbitos registrados pela doença, 29 foram de idosos acima dos 60 anos, número que representa 33,4% das mortes.

O segundo público mais vulnerável é o de bebês e crianças, que representaram 23,8% dos óbitos. Das 15 mortes registradas em crianças com idade inferior aos 10 anos, sete foram de bebês com idade inferior a 1 ano.

As crianças representam ainda 43,1% das internações por Influenza, com 46 internações registradas em crianças com idade inferior a 1 ano, e 155 internações de crianças com idade entre 1 e 9 anos.