SÃO PETERSBURGO – Bélgica e França abrem nesta terça-feira, às 15h(de Brasília), as semifinais da Copa do Mundo de 2018, Estádio Krestovsky, em São Petersburgo. O duelo do lado considerado mais forte da chave (a equipe francesa eliminou Argentina e Uruguai e os belgas superaram o Japão e depois o Brasil) tem pinta de “final antecipada”, mas os dois times evitam euforia e dizem estar atentos às qualidades do adversário. Quem avançar enfrentará o vencedor de Inglaterra x Croácia, que acontece nesta quarta-feira, na decisão do dia 15 de julho, em Moscou.
Os conflitos políticos e culturais entre os dois países foram deixados de lado pelos treinadores e atletas, pelo menos na véspera. Uma das atrações é a presença de Thierry Henry, maior artilheiro da historia da seleção francesa e atual assistente técnico da Bélgica. Franceses e belgas tentaram não dramatizar sobre o encontro e o craque Kevin De Bruyne “autorizou” Henry a cantar a marselhesa, o hino nacional francês. “Agora ele trabalha para nós e irá torcer por nós. É seu trabalho, assim é o futebol.”
O técnico da França, Didier Deschamps, se disse preparado para novas surpresas na escalação do time de Roberto Martínez, que surpreendeu Tite no início da partida contra a seleção brasileira. “A Bélgica não chegou aqui por acaso. Eles fizeram uma grande partida contra o Brasil com um plano de jogo específico (…) O time deles joga para a frente, mas contra o Brasil Martínez intensificou o meio-campo e os brasileiros não conseguiram usar os corredores”, analisou. “A Bélgica tem uma grande equipe e espero um jogo muito aberto e franco.”
O espanhol Roberto Martínez, técnico da Bélgica, ressaltou o momento histórico de sua equipe. “Para nós é um momento incrível. Estamos repetindo um feito da melhor geração da história do futebol da Bélgica, que foi semifinalista na Copa do México em 1986. Eliminamos a seleção brasileira, para muitos o melhor time da Copa, e agora temos um grande desafio pela frente, com alegria e a certeza de poder manter o sonho ainda mais vivo.”
A França tem todos os seus jogadores à disposição, mas Deschamps não confirmou quem será o primeiro volante titular – Corentin Tolisso e Blaise Matuidi disputam a vaga. A Bélgica terá um desfalque importante, do lateral-direito Thomas Meunier, do PSG, suspenso por ter recebido dois cartões amarelos.
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