O Pronto Atendimento Médico (PAM) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) será fechado a partir das 13h desta quinta-feira (16), por pelo menos 15 dias. O comunicado enviado pelo hospital informa que a suspensão do serviço é devido a “absoluta falta de condições de atender os pacientes com um mínimo de dignidade”.
O superintendente do Humap, Cláudio César da Silva, também informou a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPMS), Conselho Regional de Medicina (CRM-MS), Conselho Regional de Enfermagem e Central de Regulação, em ofício encaminhado hoje às 11h. “Nossa capacidade instalada e contratualizada com o Gestor Municipal é de 26 (vinte e seis) leitos, sendo que no momento estamos com 67 pacientes no local, distribuídos nos leitos, macas no corredor e 16 pacientes internados em cadeiras”, informou o comunicado.
O hospital disse ainda que o Núcleo de Regulação Interna (NIR) já tinha alertado a Central de Regulação, “várias vezes, diariamente”, não ter mais capacidade de receber novos pacientes, que “continuam chegando da mesma forma, culminando na situação atual”. “Essa situação impede que a nossa equipe consiga realizar um atendimento com um mínimo de qualidade, além de aumentar muito o risco de os pacientes sofrerem eventos adversos graves, bem como aquisição de infecções”, diz o texto.
Dos pacientes atuais internados no PAM, dois estão isolados de forma improvisada nos consultórios com suspeita de tuberculose. “Outro agravante é o fato de não termos recursos humanos suficientes para atender um número tão elevado de pacientes, inclusive, temos muitos funcionários afastados por doença devido à sobrecarga de trabalho a que vem sendo submetidos nessa situação de superlotação. A nossa equipe tem se empenhado em utilizar ferramentas de gestão da clínica para otimizar os leitos, entretanto, temos poucas vagas de retaguarda nas enfermarias e poucas vagas de terapia intensiva, o que acarreta o acúmulo de pacientes no pronto socorro”.
O comunicado informa ainda que não restou outra alternativa a não ser o fechamento completo do PAM por duas semanas.
*Correio do Estado
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