A licitação de R$ 1,4 milhões para contratar empresa para podas e remoções de árvores em Campo Grande está travada desde dezembro do ano passado. A última movimentação feita para realização do certame ocorreu no início de julho, quando foram acrescidas mais exigências às empresas concorrentes. Enquanto isto, mesmo com serviço questionado pelo Ministério Público Estadual (MPE), a concessionário Energisa teve área de atuação ampliada pela prefeitura.
No início de junho, a prefeitura assinou convênio de cooperação com a empresa transferindo a responsabilidade das podas emergenciais. A partir da renovação Programa Anual de Manejo de Arborização Urbana, mais dez equipes foram colocadas para fazer os serviços de poda.
A empresa já vinha realizando podas emergênciais, com objetivo de preservar a rede elétrica de energia da Capital. Entretanto, os cortes foram considerados agressivos, porque deixavam as plantas vulneráveis a quedas e pragas, por isso tornou-se alvo de apuração pelo MPE.
Desde 2016, o município não contrata empresa para serviços de manejo e remoção. Apenas duas equipes vinham atuando para executar as solicitações encaminhadas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Semadur).
A falta de equipes prejudicou também a fiscalização dos serviços contratados por moradores. Enquanto o número de solicitações aumentou 36% de 2016 para 2017, passando de 846 para 1.157, a quantidade realmente executada caiu 82,5% de um ano para o outro, saindo de 436 para apenas 76.
*Correio do Estado
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