Em nota, o Executivo Municipal diz "que o prédio não começou a ruir por conta das obras, mas sim, já estava em precário estado de conservação". Segundo eles, foi feita uma vistoria no dia 26 de junho deste ano, onde foi atestada a situação do local.
Ainda segundo a prefeitura, a responsabilidade de cuidar do estado de preservação é do proprietário, e não do poder público, por se tratar de propriedade privada. A Prefeitura já orientou o proprietário e a inquilina quanto as medidas que devem ser tomadas.
HISTÓRICO
Segundo a dona de uma loja de roupas para criança e gestantes, que fica local, Marta Araújo, o proprietário do imóvel, juntamente com um engenheiro civil, enviou uma solicitação para poder reformar o local, mas o Executivo Municipal não aprovou o documento. "A prefeitura não libera o alvará para ser feita a reforma, e aí, a obra [na avenida] também não para; onde passa os rolos, o maquinário pesado e o prédio está aqui caindo", reclamou.
Na solicitação enviada à prefeitura, foi feito, também, uma petição para que as máquinas funcionassem durante a noite ou quando a loja estivesse fechada, mas o pedido não foi atendido. "No sábado passado, umas 15h, eles começaram a mexer com os rolos e eu estava com cliente; pedi para eles pararem, mas o responsável disse que era para eu ligar para a prefeitura e reclamar com eles, porque não iam parar e iriam seguir com a obra".
Ainda de acordo com ela, quando as obras começaram, uma equipe da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), junto com engenheiros e o Corpo de Bombeiros, revisaram o local e uma área teve de ser interditada.
Para Marta, o perigo está justamente no momento em que as máquinas começam a operar. "Treme todo o prédio; de cima a baixo. Então, mexe com a estrutura e é perigoso para nós, para os clientes e para os pedestres também", contou, já que a platibanda está afundando para dentro de cima da fachada.
Mín. 23° Máx. 36°