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Com apoio do Senar, produção da alface se consolida em MS

28/08/2018 às 15h39
Por: Tribuna Popular
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Conforme o último levantamento divulgado pela Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), a alface é a folhosa mais consumida no Brasil e a 3ª hortaliça mais produzida nacionalmente, com 1,5 milhão de toneladas, movimentando anualmente R$ 8 bilhões, apenas no varejo.


Produtores rurais de Mato Grosso do Sul vêm se especializando para acompanhar esse cenário. Com o trabalho da assistência técnica e gerencial do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, o cultivo da folhosa tem sido impulsionado, tanto que essa é a segunda hortaliça produzida em maior volume pelos agricultores do Programa de ATeG Hortifrúti Legal, perdendo apenas para a mandioca.


“No último ano, os assistidos produziram 645 toneladas de alface, representando 24,31% da produção total de hortifrútis no período. A comercialização da hortense na temporada gerou cerca de R$ 1 milhão, mais especificamente um total de R$ 945.805,90”, afirma o gestor do Departamento de Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS, Francisco Paredes.


O levantamento mostra, ainda, que das cultivares, a mais produzida é a crespa, seguida pela americana, lisa, mimosa e roxa.


Seja por meio do cultivo hidropônico (técnica de cultivo sem utilização do solo, por meio de solução nutritiva aquosa) ou convencional (diretamente na terra), a alface é sinônimo de negócio certo para muitos empreendedores rurais.


Hidroponia: investimento certeiro


“Ôh rapaz! Era água. Agora é vinho!”.  A frase é do produtor Antônio Xavier Rocha, de Terenos, 22 Km distante de Campo Grande. Ele resume na expressão os 11 meses do serviço prestado pelo técnico de campo na hidroponia, instalada a 2 Km do perímetro urbano.


Antônio estava desanimado, com vários problemas na produção e vindo de uma sucessão de perdas bastante significativas, chegando até mesmo a arrendar a hidroponia, mas mudou de ideia e decidiu investir no empreendimento.


“O trabalho que fizemos foi a correção da parte técnica, ele [Antônio] vinha gastando muito e sem resultados. Ajustamos o planejamento da produção, fazendo o escalonamento de plantio e organização da cultura em geral. No início foi difícil pela dificuldade financeira para investimento, mas aos poucos fomos caminhando e foi dando certo. Saímos de uma produção de 3 a 5 mil plantas por mês para 17 a 20 mil com a mesma estrutura”, explica o engenheiro agrônomo e técnico de campo do Senar/MS, Victor Almeida.


“A assistência dá segurança para gente. Consegui manter o ciclo sem perda de produto. A diferença é de 100% do que era antes para depois”, afirma o produtor.


Com a produção hidropônica, Antônio hoje é associado a uma cooperativa local, onde comercializa 960 unidades por semana. Além de um mercado em Terenos, ele entrega 25 caixas da hortaliça diariamente para um cliente fixo da Ceasa – Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul. Nos últimos três meses, vendeu para os consumidores R$ 43 mil.


Plantio Convencional: Ajuda na hora exata


Três meses foram suficientes para o agricultor Juarez Silva de Oliveira se reencontrar no ramo.  Há cinco anos trabalhando com a esposa, Lúcia, na horta de 7.000 m², no Jardim Tarumã, bairro localizado na região do Lagoa, na Capital, o produtor estava tendo dificuldades na produção de hortaliças. Desde abril deste ano, eles participam do programa Hortifrúti Legal.


“Vim de um momento complicado, pois ano passado foi muito difícil e não conseguia sustentar a produção. Cheguei a pagar R$ 35 na caixa da alface de outro fornecedor para manter a minha banca e revender. Tudo para não perder o meu ponto e a clientela da vizinhança”, diz.


A informação sobre o serviço de assistência técnica e gerencial do Senar/MS surgiu pela indicação de um amigo.


“Corri atrás do prejuízo, para ele não me pegar! Fiz o curso Negócio Certo Rural (NCR) e integramos o grupo novo de assistidos. Esse apoio foi fundamental para entender sobre rotação de cultura, plantação continuada, e por aí vai. O diálogo com o técnico faz toda a diferença”, complementa.


Segundo o técnico de campo, neste mesmo caso, a falta de planejamento também era o gargalo da produção. “O gasto com insumos era alto devido ao uso sem critérios técnicos, além de não fazer o escalonamento de plantio de forma adequada. Depois da capacitação do NCR, eles aprenderam a calcular os custos e a importância da gestão, e fomos melhorando os tratos culturais com o aprimoramento das técnicas de irrigação e adubação”, aponta Victor Almeida.


Hoje, são 9 mil pés de alface plantados na horta. O preço médio da unidade é de R$ 2. No local, Juarez também cultiva cebolinha, salsa, coentro, rúcula, almeirão, couve e agrião, e agora com conhecimento técnico adquirido, vai investir no cultivo de brócolis e de morango.


Para o futuro, o produtor já tem metas. “Vamos nos programar para ano que vem instalar a hidroponia, principalmente, para garantir a alface no verão”, almeja.


 

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