O Supremo Tribunal Federal (STF) muda de comando nesta quinta-feira, após dois anos sob a gestão da ministra Cármen Lúcia. Em solenidade prevista para 17h, o atual vice-presidente, ministro José Antonio Dias Toffoli, toma posse como o novo presidente da Corte até setembro de 2020.
Entre controvérsias que o novo presidente do STF terá de enfrentar durante a sua gestão, se destacam a questão salarial dos ministros e uma possível rediscussão sobre a prisão após condenação em segunda instância. O segundo tema não deve ser colocado na pauta tão cedo, ao menos nos primeiros meses da gestão do novo presidente – no Plenário, Toffoli já se manifestou a favor de uma solução alternativa para o tema, a execução das penas a partir de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Já a respeito da remuneração dos juízes, o ministro firmou antes mesmo da posse um acordo com o presidente Michel Temer (MDB) para um reajuste salarial na Corte de cerca de 16%, que seria compensado com o fim do auxílio-moradia, bonificação de 4.300 reais por mês paga a magistrados no país. A principal dificuldade para levar a decisão a cabo é, se confirmado o aumento pelo Congresso Nacional, que ele resista à pressão de juízes em defesa do benefício.
Junto com Toffoli, assume uma nova posição o ministro Luiz Fux, que será o novo vice-presidente. A escolha para a Presidência do Supremo se dá por meio de uma eleição simbólica, que respeita a ordem de antiguidade dos magistrados da Corte. Antes, também por essa ordem, os ministros passam pela presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que Dias Toffoli dirigiu durante as eleições de 2014.
Toffoli fez carreira na advocacia. Foi defensor de campanhas eleitorais do PT e advogado-geral da União durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o nomeou para a vaga no Supremo em 2009. O ministro tem 50 anos.
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