O prêmio The Best, concedido pela Fifa ao melhor jogador do mundo nesta temporada, será entregue nesta segunda-feira, às 15h30 (de Brasília), em Londres, e pela primeira vez em dez anos não tem Lionel Messi (sequer indicado) nem Cristiano Ronaldo como principais favoritos. Em 2018, o português da Juventus concorre com o egípcio Mohamed Salah, do Liverpool, e o principal candidato, o croata Luka Modric, do Real Madrid.
Ao sair do final da Copa do Mundo em Moscou derrotado pela França, Modric não disfarçou a frustração: ele havia sido escolhido como o melhor jogador do Mundial e a imprensa já o questionava como era se sentir como o provável vencedor do prêmio de melhor atleta do mundo em 2018. Mas o meio-campista não parecia se animar. “Meu objetivo era ser campeão do mundo. Não tenho nenhuma obsessão com títulos pessoais.”
Mas é justamente o jogador de 33 anos quem tem mais chance de desbancar Messi e Cristiano, que venceram o prêmio cinco vezes cada um, na última década. Segundo informações do diário espanhol Marca, Cristiano não deve sequer ir à cerimônia, dando mais um indício de que não será o vencedor.
O português, que já venceu o prêmio cinco vezes e é o atual bicampeão, tem a seu favor o título da Liga dos Campeões, competição em que foi o artilheiro, e do Campeonato Mundial de Clubes. Ele também marcou 44 gols e deu seis assistências em 44 partidas na última temporada.
Já o meia do Real Madrid foi eleito o melhor jogador da Europa e liderou a Croácia para a sua primeira final da Copa do Mundo. Ele ainda conquistou a Liga dos Campões e o Mundial de Clubes.
Mohamed Salah ajudou o Liverpool a ir para a final da Liga dos Campeões. Contudo não teve a chance de atuar muito tempo na final após lesionar o ombro, o que afetou sua participação na Copa do Mundo. O egípcio ainda bateu o recorde de gols (32) em uma edição do Campeonato Inglês e foi o vice-artilheiro da Champions League.
Outros prêmios
A disputa de melhor treinador coloca dois franceses frente a frente. Zinedine Zidane levou o Real Madrid ao terceiro título consecutivo da Liga dos Campeões, se tornando o primeiro treinador da história a fazer isso, e ainda deixou o time do Santiago Bernabéu com 70% de vitórias.
Seu compatriota Didier Deschamps entrou pressionado na Copa do Mundo, mas levou a França a seu segundo título mundial, dez anos após a conquista de 1998. Ele ainda se tornou o terceiro homem a vencer a Copa como técnico e jogador. O outro candidato é Zlatko Dalic, que levou a Croácia para a final da Copa do Mundo nove meses após assumir o cargo.
No prêmio de melhor jogadora do mundo, a grande novidade é Marta. A brasileira, que já venceu a premiação quatro vezes, volta ao páreo após não ter sido finalista em 2017. Ela marcou 13 gols e ajudou o Orlando Pride a ir para os playoffs da Campeonato Americano e liderou o Brasil ao título da Copa América.
Suas adversárias são a norueguesa Ada Hergerberg – que venceu o Campeonato Francês a Liga dos Campeões, batendo o recorde de gols em uma edição (15) com o Lyon – e a alemã Dzsenifer Marozsan – que venceu a Champions feminina.
No prêmio Puskas, entregue ao autor do gol mais bonito do ano, o destaque é o uruguaio Giorgian de Arrascaeta, meia do Cruzeiro. Ele briga com nomes como Gareth Bale, Lionel Messi, Mohamed Salah, Cristiano Ronaldo e Benjamin Pavard.
Na disputa do melhor goleiro estão o belga Thibaut Courtois, o francês Hugo Lloris e o dinamarquês Kasper Schemeichel. O francês Reynald Pedros, a japonesa Asako Tanakura e a holandesa Sarina Wiegman disputam o prêmio de melhor técnico (a) de times femininos.
*Com Estadão Conteúdo e Gazeta Press