Segunda, 04 de Agosto de 2025
18°C 21°C
Jardim, MS
Publicidade

Presidente do Banco Central da Argentina pede demissão

25/09/2018 às 11h42
Por: Tribuna Popular
Compartilhe:
 -
-

O presidente do Banco Central da Argentina, Luis Caputo, apresentou sua renúncia nesta terça-feira (25) ao presidente Mauricio Macri. Segundo comunicado divulgado pela autoridade, a demissão foi motivada por razões pessoais.

“Esta renúncia se deve a motivos pessoais, com a convicção de que o novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) restabelecerá a confiança nas situações fiscal, financeira, monetária e cambial”, acrescentou o texto.

Caputo também agradeceu Macri pela confiança que o presidente depositou nele quando ocupou vários cargos no governo, entre eles o de ministro das Finanças.

Segundo o jornal argentino Clarín, Caputo vinha apresentando divergências com o atual Ministério da Fazenda.

A renúncia ocorre durante uma viagem do presidente Mauricio Macri à Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas. Macri aproveita para manter contatos com o FMI. O país deseja revisar o acordo de 50 bilhões de dólares fechado anteriormente com o Fundo, para ter mais segurança diante de estresses cambiais recentes.

Além disso, o governo enfrenta hoje uma greve geral de trabalhadores contra as medidas de ajuste, como cortes de subsídios e demissões de funcionários públicos.

Crise econômica


A Argentina sofreu um estresse em seus mercados financeiros neste ano, sobretudo no cambial, com investidores temerosos sobre a trajetória das contas do país e a capacidade de honrar sua dívida.

Nesse contexto, Macri fechou um acordo com o FMI, de 50 bilhões de dólares, mas houve novos estresses no câmbio e agora o governo de Buenos Aires tenta renegociar os termos, para garantir mais segurança a fim de enfrentar a crise.

Algumas autoridades do governo estão nos EUA, para a Assembleia Geral da ONU, e aproveitam para tratar do assunto com o Fundo.

Na segunda-feira, Macri assegurou aos mercados que conseguirá renegociar o acordo com o FMI, fechado em junho, e garantiu que não há risco de o país decretar moratória da dívida externa, como em 2001.

A ampliação do crédito original pelo FMI tenderá a vir acompanhado por contrapartidas na área fiscal. Macri já está em negociação com o Congresso de seu plano de déficit primário zero em 2019 e prepara um projeto para a limitação da expansão dos gastos públicos. O FMI deverá exigir mais, além de impor o modelo que lhe pareça mais adequado para a Argentina.

O governo depende do Congresso, onde não tem maioria, para aprovar o orçamento de 2019, que prevê cortes nos gastos públicos – justamente em ano de eleição presidencial.

Macri disse que é candidato a um segundo mandato e que não mudará o rumo da política econômica, apesar de estar pagando um alto preço político.

O governo argentino atribuiu a crise a fatores que escapam do seu controle, entre eles, a pior seca em 50 anos e a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Mas, segundo Macri, o pior já passou e a economia deve voltar a crescer no segundo semestre.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Jardim, MS
20°
Tempo nublado

Mín. 18° Máx. 21°

21° Sensação
1.23km/h Vento
94% Umidade
100% (9.77mm) Chance de chuva
07h14 Nascer do sol
18h26 Pôr do sol
Ter 21° 16°
Qua 28° 15°
Qui 23° 16°
Sex 21° 10°
Sáb 20°
Atualizado às 17h04
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,51 -0,55%
Euro
R$ 6,38 -0,64%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 672,940,05 +1,12%
Ibovespa
132,971,20 pts 0.4%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade