Cumprindo a tradição de inaugurar a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Michel Temer (MDB) fez um discurso crítico ao isolacionismo, à intolerância e ao unilateralismo. Temer defendeu maior integração entre os povos, mais abertura internacional e uma atitude solidária a migrantes e refugiados.
Temer afirmou que o isolamento “pode dar uma falsa sensação de segurança” e o protecionismo “soar sedutor”, mas que a posição do Brasil é que “com abertura e integração que alcançaremos a concórdia, o crescimento e o progresso”. “Isolacionismo, intolerância e unilateralismo. A cada uma dessas tendência temos que responder ao que cada um de nossos povos têm de melhor. É na abertura e não na introspecção e no isolamento que construiremos uma prosperidade efetivamente compartilhada”, afirmou o presidente brasileiro.
O emedebista fez um balanço da política externa em seu governo, que, segundo ele, teve caráter “universalista” e aberta a negociações com países de todas as regiões do mundo, apesar de uma prioridade pelo bom entendimento entre as nações da América Latina. Sobre o tema, ele citou a crise da Venezuela. Afirmou que o Brasil nunca se negou a receber e acolher os venezuelanos que emigram do país, mas que é preciso uma solução definitiva para o tema.
“Na América do Sul, os senhores sabem, estamos em uma onda migratória de grandes proporções. Mais de 1 milhão de venezuelanos já deixaram seu país em busca de melhores condições de vida. O Brasil tem recebido todos que chegam em seu território. Emitimos documentos, demos vacinas e construímos abrigos, com o apoio do Alto Comissariado de Direitos Humanos, mas sabemos que a solução definitiva só virá quando a Venezuela reencontrar o caminho do desenvolvimento.”
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