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Novo acordo de EUA e Canadá substitui o Nafta

01/10/2018 às 07h56
Por: Tribuna Popular
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A incerteza chegou ao fim no domingo à noite (30), a poucas horas do fim do prazo limite, quando negociadores canadenses e americanos alcançaram um acordo para substituir o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), resgatando uma zona de livre comércio entre três países de 1,2 trilhão de dólares que estava prestes a entrar em colapso após quase 25 anos.






O novo tratado receberá o nome Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), de acordo com uma declaração conjunta.





A nova versão do Nafta, em vigor desde 1994 entre Estados Unidos, Canadá e México, começou a ser renegociada em 2017 por exigência do presidente americano, Donald Trump, que considerava o acordo um "desastre" para seu país.




O comunicado, assinado pelo representante do Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e pela ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, destaca que o novo acordo entre os países da América do Norte vai gerar um "crescimento econômico sólido".





Depois de mais de um ano de negociações, os governos conseguiram superar as divergências e ceder em alguns aspectos. No comunicado, celebram o acordo com um como algo positivo para os cidadãos da região, onde vivem quase 500 milhões de pessoas e que movimenta um trilhão de dólares por ano em comércio, destaca a agência France Presse.





O principal objetivo de Trump ao retrabalhar o Nafta era reduzir os déficits comerciais dos EUA, meta que ele também busca com a China, impondo centenas de bilhões de dólares em tarifas sobre produtos importados do gigante asiático.





Embora o novo acordo evite tarifas, ele dificultará que montadoras globais construam carros a preço reduzido no México e tem o objetivo de criar mais empregos nos Estados Unidos, afirma a agência Reuters.








O novo pacto comercial entre Canadá e México é "um grande acordo" para os três países, afirmou o presidente americano Donald Trump, depois que os países chegaram a um acordo no domingo à noite para substituir o Nafta.





"O USMCA é uma negociação histórica", completou o presidente americano.





O novo acordo foi visto como uma grande vitória de Trump, que obrigou o Canadá e o México a aceitarem um comércio mais restritivo com seu principal parceiro de exportação.


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Negociações





O anúncio veio após um final de semana inteiro de trabalho por videoconferência dos negociadores para alcançar o acordo de última hora.





Para concluir o acordo, o Canadá cedeu no sistema de cotas para o leite, o que abrirá seu mercado aos produtores americanos. Ottawa, porém, conseguiu preservar o sistema do Nafta de solução de conflitos entre os sócios que Washington desejava modificar.





O novo pacto também incluirá um capítulo ambiental e, como parte do acordo, o Canadá poderá conservar a proteção do setor cultural.





"O USMCA proporcionará a nossos trabalhadores, agricultores, fazendeiros e empresas um acordo comercial de alta qualidade que dará como resultado mercados mais livres, comércio mais justo", afirmaram os governos americano e canadense no comunicado conjunto, publicado 90 minutos antes do fim do prazo limite fixado pelos Estados Unidos.









Primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau — Foto: Justin Tang/The Canadian Press via AP

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, saiu às pressas de uma reunião em caráter de urgência com seus ministros no domingo e declarou apenas que "é um bom dia para o Canadá". Para o Canadá a pressão era grande, pois Estados Unidos e México já haviam concluído um acordo.






O principal negociador do presidente eleito do México para o tratado, Jesús Seade, celebrou a notícia.





"Celebramos o acordo trilateral. Fecha a porta para fragmentação comercial da região. TLCAN 2 (sigla do Nafta no México) dará certeza a estabilidade ao comércio do México com os sócios na América do Norte", escreveu no Twitter Seade, que representou o presidente eleito Andrés Manuel López Obrador durante as negociações.





O tempo era o principal obstáculo, já que o atual presidente do México, Enrique Peña Nieto, deixará o cargo no dia 1 de dezembro, o que aprofundou a necessidade de um acordo, pois segundo a lei americana Casa Branca precisa enviar o texto de um acordo comercial 60 dias antes de sua eventual assinatura.







[caption id="" align="alignnone" width="984"]O presidente dos EUA, Donald Trump, durante reunião na Casa Branca, na quarta-feira (5) — Foto: Reuters/Leah Millis O presidente dos EUA, Donald Trump, durante reunião na Casa Branca, na quarta-feira (5) — Foto: Reuters/Leah Millis[/caption]


Aço e alumínio?






O calendário eleitoral complicava as coisas para os negociadores canadenses. As concessões no setor de laticínios podem ser mal recebidas em Quebec, que vota nesta segunda-feira para definir o próximo governador da província francófona.





Os principais partidos de Quebec e as organizações de agricultores defendem o sistema de "administração da oferta", que controlava a produção e o preço do leite e das aves de curral, além de garantir um faturamento estável para os agricultores canadenses.





As pesadas tarifas impostas por Trump ao aço e alumínio canadense, entre outras, permanecem em vigor no momento, em um contexto no qual o governo dos Estados Unidos realiza uma campanha protecionista que afeta vários países.





O texto final inclui uma cláusula que permite revisar o acordo a cada seis anos, de acordo com uma fonte americana, informa a agência France Presse.







Os mercados globais reagiram bem ao anúncio. "Notícias sobre um acordo entre EUA e Canadá para salvar o acordo comercial do NAFTA devem dar um impulso ao apetite global por risco no início do quarto trimestre", escreveu o estrategista da Peel Hunt, Ian Williams, acrescentando que o acordo "pode ??oferecer incentivo a que outras disputas comerciais globais possam ser resolvidas satisfatoriamente ".


*G1






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