O cantor francês Charles Aznavour morreu, na madrugada desta segunda-feira, aos 94 anos, em sua casa no sul da França. A notícia foi dada pelos representantes do artista à Agência France-Press. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Nascido em Paris, Aznavour foi apelidado de “Frank Sinatra francês”, por seu estilo romântico e sua popularidade na França e no exterior. Ele vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo, ao longo de mais de oito décadas de carreira.
Em maio, quando voltava de uma turnê no Japão, o cantor foi forçado a cancelar shows devido a uma fratura no úmero esquerdo, o osso mais longo do braço, após uma queda.
Filho de um cantor e de uma atriz de origem armênia, Aznavour começou a carreira de ator com apenas nove anos e investiu no talento musical a partir de 1940. No final da mesma década, foi descoberto pela cantora Édith Piaf, que o consagrou ao convidá-lo para abrir o seu show no famoso Moulin Rouge.
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O cantor francês Charles Aznavour (Christophe Ena/Reuters)
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O cantor se apresentava em cabarés durante a II Guerra Mundial, enquanto os seus pais escondiam judeus, comunistas e outras pessoas perseguidas no apartamento da família. Diversas canções do francês ganharam grande popularidade, como
The Old Fashioned Way,
La Bohème e
Yesterday When I Was Young. Um de seus principais sucessos é a música
She (1974), lançada originalmente em francês com o título de
Tous Les Visages de L’amour. A canção foi regravada em 1999 pelo britânico
Elvis Costello para integrar a trilha-sonora do filme
Um Lugar Chamado Notting Hill.
https://youtu.be/B_TIphlJq40
Como ator, Aznavour é reconhecido por trabalhos como no filme
Atirem no Pianista (1930), de François Truffaut,
Os Fantasmas do Chapeleiro (1982) e a adaptação cinematográfica de 1979 do livro
O Tambor, de Günter Grass.
Nos últimos 40 anos, o artista ainda teve suas composições gravadas por nomes como Elton John, Sting, Bob Dylan, Placido Domingo, Céline Dion, Julio Iglesias, Liza Minnelli e Ray Charles.
*Com agência France-Press e Estadão Conteúdo