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Campanhas custaram R$ 1,4 bilhões, diz Palocci

01/10/2018 às 19h05
Por: Tribuna Popular
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No anexo da delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci cujo sigilo foi retirado nesta segunda-feira, 1º, pelo juiz federal Sergio Moro, Palocci afirma que as duas campanhas de Dilma Rousseff à Presidência da República, em 2010 e 2014, custaram, “aproximadamente, 600 e 800 milhões de reais, respectivamente”. O valor total relatado por Palocci, 1,4 bilhão de reais, é quase o triplo dos 503,2 milhões de reais em despesas informados pelas campanhas da petista ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2010 (153 milhões de reais) e 2014 (350,2 milhões de reais).

A informação sobre o suposto valor real das campanhas petistas nas duas últimas eleições presidenciais foi trazida por Palocci no ponto em que ele trata sobre arrecadação ilícita de dinheiro por candidaturas. Ele afirma que, mesmo os valores declarados oficialmente ao TSE têm, em sua maior parte, origem ilícita. “O dinheiro dado por dentro pode sim ser ilícito, bastando que sua origem seja ilícita; que essa é a hipótese mais comum; que isso é feito para dar aparência de legalidade às doações”, diz ele.

“Por exemplo, se a campanha custou 500 milhões, o valor já seria escandaloso mesmo que todos os recursos tenham origem lícita; que, de 500 milhões, ao menos 400 não tem origem lícita”, completa Palocci, para quem “a legislação não funciona e incentiva a corrupção” e “cada vez mais a corrupção se dá dentro das normas legais”.

O ex-ministro contou ainda à PF que “nunca abriu contas no exterior para o PT”, “mas sabe que a agremiação já fez isso sem utilizar o nome do partido e lideranças. Ele relata que “soube que empresários abriam, apenas na confiança, contas em nome próprio e para utilização pelo PT”.

Ainda sobre a campanha de Dilma, o termo da delação de Antonio Palocci divulgado hoje por Sergio Moro cita uma reunião que supostamente ocorreu no Palácio da Alvorada no início de 2010 entre o ex-ministro, Dilma, o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

No encontro, segundo Palocci, Lula disse a Gabrielli que encomendasse a construção de 40 sondas de exploração de petróleo para o pré-sal. Os contratos, conforme teria dito o ex-presidente, renderiam propina à campanha de Dilma e garantiriam o “futuro político do país e do Partido dos Trabalhadores”.

Leia aqui o termo da delação premiada de Palocci divulgado por Sergio Moro.

Outro lado


O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, afirma, por meio de nota, que a conduta de Moro “apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula”.

“Moro juntou ao processo, por iniciativa própria (“de ofício”), depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados, até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em consideração no julgamento da ação penal. Soma-se a isso o fato de que a delação foi recusada pelo Ministério Público. Além disso, a hipótese acusatória foi destruída pelas provas constituídas nos autos, inclusive por laudos periciais”.

Sobre os relatos de Palocci, o defensor diz que o ex-ministro “mentiu mais uma vez, sem apresentar nenhuma prova, sobre Lula para obter generosos benefícios que vão da redução substancial de sua pena – 2/3 com a possibilidade de ‘perdão judicial’ – e da manutenção de parte substancial dos valores encontrados em suas contas bancárias”.

O advogado Tracy Reinaldet, que defende Antonio Palocci, afirma que ele “continuará colaborando com a Justiça, esclarecendo os fatos que são objeto do processo e apresentando suas provas de corroboração”.

*Veja

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