A possibilidade de pagamento pela coleta seletiva de lixo em Campo Grande foi confirmada ontem pelo prefeito Marcos Trad (PSD) e já gerou posicionamento contrário dos vereadores. O projeto que detalha a forma de cobrança além da viabiliade já está concluído e deve ser encaminhado para a Câmara Municipal ainda este ano. “O estudo que nós realizamos desde o mês de janeiro, logo em seguida aquele contratempo todo, nós já reunimos a comissão, formamos a junta. E os atos já estão prontos aguardando apenas o período para enviarmos ao Parlamento Municipal”, garantiu.
Todos os parlamentares ouvidos pelo Correio do Estado afirmaram que caso o projeto chega à Casa de Leis, não será aprovado. “Sou contra. Já votei uma vez, para nunca mais. Sempre voto as coisas do prefeito, mas não quero repetir o erro duas vezes. Me arrependo muito, foi o que mais afetou meu mandato. As pessoas ficaram em cobrando”, disse o vereador Valdir Gomes (PP).
“Não tem lógica. Se o prefeito entrar nessa, com certeza absoluta não passa na Câmara. Vamos ter que chamar outra empresa então e não ficar abrindo as pernas para a Solurb”, declarou Loester de Oliveira (MDB). “Já é o contrato mais caro do Brasil, e vai ter que pagar a coleta seletiva separado? Vai ser um contrato dentro do contrato, não tem cabimento. É obrigação da Solurb fazer”, disse Vinicius Siqueira (DEM).
O receio dos vereadores é por conta das falhas e da polêmica gerada em torno da cobrança da taxa do lixo no início deste ano. Na época a administração municipal admitiu erro na formulação dos valores e junto com os vereadores, decidiu pela revogação da lei que instituia a taxa. Os novos critérios para cobrança deveriam resultar em redução ou manutenção do valor da taxa antiga para 60% do domicílios campo-grandenses, entretanto foi verificado aumento para 98% das residências e terrenos da Capital.
*Correio do Estado
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