O placar marcava 14 a 0 para o adversário quando a seleção brasileira de rugbyteve um penal a favor. Josh Reeves, neozelandês de nascimento e camisa 10 do Brasil, era o responsável por tirar o zero do placar. O alto e forte chute de perna esquerda bateu caprichosamente na trave direita antes de cair no meio dos postes, para o delírio das 34.541 pessoas que assistiam ao jogo no estádio do Morumbi na chuvosa noite deste sábado.
Os pontos marcados por Reeves foram os únicos do Brasil Tupis, apelido da equipe, na derrota por 35 a 3 para o All Blacks Maori. O placar não é um vexame e era até esperado. A seleção da Nova Zelândia formada exclusivamente por jogadores da etnia maori, que dá nome ao time, não é a seleção principal do país – última campeã da Copa do Mundo e considerada a melhor equipe do planeta. Mesmo assim, a diferença entre as equipes representa um Brasil x Nova Zelândia do futebol. Ao contrário, obviamente.
O jogo faz parte do desenvolvimento do esporte no Brasil e boa parte da torcida compareceu para assistir ao Haka ao vivo. A dança típica foi criada pelo povo maori para intimidar seus inimigos antes de grandes batalhas e acabou popularizada pelos All Blacks. Antes de cada partida, os jogadores fazem os gestos, as caretas e os gritos característicos em direção aos adversários.
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