Pegos de surpresa com a decisão de Cuba de sair do programa Mais Médicos, gestores de municípios do interior de Mato Grosso do Sul temem um colapso na saúde pública, caso o governo federal não tome uma medida urgente para suprir as vagas dos médicos cubanos. Em cidades como Deodápolis, onde há quatro médicos de origem cubana, restará apenas um profissional para atender a população de 12.868 habilitantes.
“Não temos nenhum plano B, porque fomos pegos de surpresa. Estamos aguardando que o Ministério da Saúde tome alguma providência. Temos um plantonista no hospital, outro que pediu afastamento e outro que se aposentou. Talvez seja a situação mais grave do Estado. Nós temos quatro médicos cubanos que são exemplares, não há queixa nenhuma da população, são os melhores médicos que temos, é uma perda irreparável”, disse o prefeito Valdir Luiz Sartor, de Deodápolis.
Em São Gabriel do Oeste, há apenas dois médicos cubanos, mesmo assim,a saída deles preocupa a secretária municipal de Saúde, Michele Alves Pauperio. “Temos 10 unidades de básicas de saúde da família, em duas o atendimento é feito por cubanos. Nós não temos condições financeiras de repor médicos cubanos ao custo do médico brasileiro. A gente acredita que a vinda não será imediata. Como vamos ficar meses sem esses médicos? Estamos esperando que venha uma resposta do governo federal o quanto antes”, pontua.
*Correio do Estado
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