Mais da metade dos municípios de Mato Grosso do Sul vai iniciar 2019 com dificuldades financeiras, dívidas e atrasos de pagamento a fornecedores. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou a pesquisa sobre Pagamento do 13º Salário pelos Municípios brasileiros em 2018, que mostra que 51 municípios de MS deixarão “restos a pagar” para o próximo ano, ou seja, começarão 2019 com despesas em aberto. Outras 22 prefeituras informaram que vão quitar todas as suas despesas ainda este mês, e cinco não souberam responder, “pois dependem de receitas extras”. Apenas um município sul-mato-grossense não respondeu a pesquisa da CNM. Além disso, 34 prefeituras declararam atrasos no pagamento de fornecedores e 44 disseram que os débitos estão em dia.
“A situação é mais complicada do que os dados apresentam. Não quer dizer que quem paga em dia não está em dificuldades”, afirma o presidente da CNM, Glademir Aroldi. O líder municipalista diz que os prefeitos estão cortando despesas de custeio, reduzindo o número de funcionários e de cargos comissionados, além de enxugar a frota e mudar o horário de expediente. “Mesmo assim, não estamos dando conta”, salienta.
“A quantidade de recursos não suporta a demanda que os municípios têm. São 5,5 mil municípios vivendo 18% da receita. Todo ano é esse sufoco, e os municípios precisam empurrar as contas pro ano seguinte, para tentar quitar”, afirma Pedro Caravina, prefeito de Bataguassu e presidente da Associação dos Municípios de MS (Assomasul).
*Correio do Estado
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