O jornalista chileno Cristopher Antúnez, um dos 26 detidos pela Polícia Militar durante a partida entre Corinthians e Universidad de Chile, na Arena Corinthians, nesta quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, culpou o clube paulista por sua detenção. Segundo Antúnez, ele se dirigiu ao local da briga entre torcedores chilenos e policiais apenas para registrar o incidente, mas lá apanhou de PMs e não recebeu ajuda de funcionários corintianos.
“Quando terminou o primeiro tempo, recebi a informação de que havia torcedores agredidos e muito feridos sendo atendidos em uma ambulância. Fui até a torcida e no caminho vi a ambulância com um torcedor ferido. Apontei a câmera para o torcedor e perguntei o que estava acontecendo. Foi quando um policial já chegou me dando um soco e tomou meu celular”, contou o chileno, que ficou detido por 12 horas. “Eu estava trabalhando e só queria entender por que estava sendo preso. Pedimos ajuda do Corinthians e ninguém apareceu para ajudar.”
Segundo Antúnez, um funcionário do clube poderia tê-lo tirado da área da confusão, mas se recusou a fazê-lo. “Falei com uma pessoa que estava com identificação do Corinthians. Disse que era jornalista e estava trabalhando. Ele me tratou mal, falou que não era policial e que não tinha nada a ver com a história. Ficamos sozinhos e o Corinthians me deve um pedido de desculpas.”
Cerca de 1,2 mil torcedores da Universidad de Chile compareceram ao estádio na quarta. A confusão ocorreu no intervalo do jogo, quando os chilenos passaram a jogar cadeiras em direção à PM, que reagiu.
*Com Estadão Conteúdo
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