Com uma comitiva composta por autoridades e empresários de diversos setores, a II Expedição da RILA já está tudo pronto para fazer o percurso de 2.220 quilômetros de Campo Grande com destino aos portos do Pacifico, na sexta-feira, 25. Um coquetel com todos os participantes e convidados no dia 24 marcará este grande evento que já é um marco para o Transporte rodoviário de Cargas – TRC.
“A viabilidade desta rota abrirá uma nova possibilidade para as exportações de Mato Grosso do sul e do Centro-Oeste rumo ao mercado asiático, possibilitando uma redução de 11 mil quilômetros de rota marítima com essa saída pelos portos do Chile”, explica o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas de MS – SETLOG-MS, Cláudio Cavol, que também esteve à frente da I Expedição em setembro de 2013.
Competitividade
Quando o assunto é competitividade, esse ganho de tempo representa seis dias a menos de viagem feitos atualmente pelo Oceano Atlântico, que leva em média 14 dias para cobrir cerca de 19 mil quilômetros até a Ásia. “RILA abrirá, também, a possibilidade de incremento nas exportações do complexo soja, por exemplo, das atuais 67 milhões de toneladas (2016) para 135 milhões, além de outros produtos brasileiros”, afirma Cavol.
As tratativas internacionais junto ao Paraguai, Argentina e Chile que farão parte desse trajeto estão em andamento. Segundo o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, Marcelo Miglioli, as obras do lado paraguaio foi licitado dia 18 deste. “Dos 550 quilômetros no Paraguai, que representa hoje o maior problema, tivemos a informação que o primeiro lote de 278 quilômetros já foi licitado e os 100 quilômetros dentro da Argentina, já estão em fase de conclusão”, explica o secretário. Já a ponte bi-nacional sobre o rio Paraguai que ligará Porto Murtinho-MS a Carmelo Peralta-PY será construída com 50% de recursos brasileiros e 50% com recursos paraguaios e aguarda o aval do Congresso Nacional. A obra orçada em 116 milhões.
Trajeto
Para averiguar in loco este trajeto, uma caravana formada por 30 picapes Amarok sairá de Campo Grande nas primeiras horas da manhã da sexta-feira, 25, com cerca de 100 empresários, autoridades e imprensa brasileira, paraguaia e argentina, entre elas o governador Reinaldo Azambuja, os secretários estaduais Marcelo Miglioli e Jaime Verruck, o Ministro de Carreira das Relações Exteriores, coordenador geral de Assuntos Econômicos Latino-Americanos e Caribenhos, João Carlos Parkinson de Castro, os senadores Waldemir Moka, Simone Tabet e Pedro Chaves, além do embaixador do Chile, Jaime Gazmurie e ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Didier César Olmedo Adorno, o prefeito municipal de Porto Murtinho, Derlei Delevatti e o ex-vice-prefeito e pecuarista binacional Flávio Queiróz.
Após a saída de Campo Grande, a caravana cumprirá agenda oficial em Porto Murtinho-MS, Carmelo Peralta-PY, depois segue em direção as cidades paraguaias de Loma Plata, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, em seguida cruza na localidade de Mission La Paz no lado argentino em direção Tartagal e San Salvador de Jujuy a caravana após cruzar a Cordilheira dos Andes vão em direção as cidade chilenas de San Pedro de Atacama, Calama e chegam aos portos chilenos de Antofagasta, Mejillones, Tocopilla e Iquique. Nessas localidades os empresários vão visitar as estruturas dos portos para as exportações de grãos e celulose. Na volta a comitiva será recepcionado pelo Presidente da República do Paraguai Horácio Cartes no Palácio de Lopes em Assuncion dia 02 de setembro.
Para o prefeito de Murtinho, Derlei, essa viagem composta de empresários do setor de transporte rodoviário significa que a região de Murtinho e Carmelo Peralta é viável para escoar a produção do Centro-Oeste brasileiro, além de desenvolver todo o trecho por onde futuramente se escoará a produção.
“Sem dúvida nenhuma que nós que moramos nesta região seremos os mais beneficiados, atraindo investimentos privados para o lado brasileiro e paraguaio, por ser tão importante para nós eu estou embuido neste projeto e farei a viagem para ver pessoalmente as possibilidades da concretização dessa rota”, diz emocionado Delevatti.
Acompanha esta matéria alguns trechos por onde a comitiva vai passar, durante a travessia eles vão se deparar com estradas sem asfalto, poeira, altura na transposição da Cordilheira dos Andes e muito gelo nas estradas pavimentadas da Argentina e Chile.
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*Toninho Ruiz
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