Em fevereiro, a pesca retorna no Rio Paraguai na modalidade pesque e solte. Para os operadores de Corumbá, maior polo prática esportiva em Mato Grosso do Sul, nada muda em relação ao pós-piracema: mais de 80% dos barcos-hotéis da cidade já trabalham com cota zero e adesão quase unânime dos pescadores amadores de todas como regiões do Brasil.
Iniciada anualmente em 5 de novembro nos rios do Estado, uma piracema termina em 28 de fevereiro. Mas a flexibilização da legislação e o grau de conscientização permite o retorno dos pescadores às águas pantaneiras no próximo mês para exercitar uma tendência hoje mundial: a devolução do peixe fisgado, do qual se leva apenas a fotografia como lembrança.
Na empresa da empreendedora Joice Santana, que tem uma estrutura fluvial maior para a pesca esportiva, a regra é clara: não se mata o peixe, a não ser para ir para uma panela (do restaurante do barco). “Nossos clientes estão totalmente completos com essa medida ”, diz a. “O pescador pode levar um exemplar para saborear no barco, a cozinha está pronta para atendê-lo”.
Após um ano de 2020 conturbado, com muitos cancelamentos de pescarias no Pantanal em razão da pandemia do coronavírus, uma atividade deve voltar ao seu fluxo normal a partir das campanhas de vacinação, segundo Joice Santana, que também é presidente da Associação Corumbaense de Empresas de Turismo (Acert).
A procura pelos pacotes no início deste ano anima o setor.
“Superamos um ano anormal, foi difícil manter os empregos e as empresas, mas voltamos a operar depois de quatro meses e os protocolos de biossegurança foram importantes para dar segurança aos clientes”, observa.
“Todos os barcos criaram normas rigorosas, com os turistas sendo monitorados o tempo todo desde o embarque, e não tinham nenhum problema”.
Exigente na oferta de serviços aos pescadores, a gaorda especial em suas embarcações, nas quais os piloteiros (guias de pesca) trabalham de máscaras, mesmo no meio do rio, e os procedimentos sanitários na cozinha obedecem aos protocolos da Organização Mundial de Saúde . Ou seja: aferição de temperatura, álcool em gel em todas as instalações e uso de luvas e máscaras no restaurante, com proteção acrílica nos bufês.
O pesque e solte em fevereiro promete muitas emoções. A operadora Joicetur programou para 31 de janeiro a saída de três barcos-hotéis, com retorno em 5 de fevereiro: Kayamã (único com elevador), Comodoro e Vip. Também em águas pantaneiras os barcos: Loyd, Peralta, Paola, Indiaporã e outros.
O Kalipso, uma das maiores embarcações, retorna em março, e o Netuno, em abril.
Os pacotes de até cinco dias oferecem toda comodidade aos pescadores, além de uma estrutura fluvial com botes que os levam aos melhores ambientes de pesca no Rio Paraguai e seus meandros de natureza.
As embarcações navegam até 200 km rio acima (norte de Corumbá), na divisa do Estado com Mato Grosso, onde a Serra do Amolar é um lugar singular. Não dá para esquecer!
A pesca acaba se tornando um complemento em uma viagem por uma das regiões mais belas e intocáveis ??do Pantanal.
Ideal para se fazer em família, hoje há uma nova tendência com a adesão cada vez maior das mulheres à pescaria. As crianças e os jovens também estão nas estatísticas, acompanhando os pais. “Hoje praticamos uma pesca em família”, afirma Joice Santana.
*Correio do Estado
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