Terminou em selvageria nesta sexta-feira um protesto convocado pelo movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa do transporte público na capital paulista. Vândalos mascarados rapidamente transformaram em uma praça de guerra o centro de São Paulo: cerca de 30 minutos depois do início da manifestação, black blocs começaram a depredar ônibus e entraram em confronto com a Polícia Militar. Pelo menos três coletivos foram destruídos. Um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) teve os vidros quebrados ao lado da Biblioteca Mário de Andrade.
A caminhada saiu da Praça Ramos, ao lado do Teatro Municipal, por volta das 18 horas. Quando o grupo se dirigia para a Avenida 23 de maio, a PM formou um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes atravessassem para o outro lado da via. Mascarados então forçaram a passagem e teve início o tumulto: black blocs atacaram os agentes com pedras e paus e a polícia respondeu com bombas de efeito moral e balas de borracha. Manifestantes também atearam fogo a latas de lixo e as espalharam pelas ruas do centro.
Os mascarados eram inicialmente escoltados pela chamada tropa do braço da PM. A Polícia Militar levou três ônibus cheios de policiais para o Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú. Ao menos um policial militar e um manifestante ficaram feridos. O PM tinha o rosto ensaguentado, enquanto o manifestante foi aparado por colegas aparentemente com um ferimento na barriga.
A confusão se espalhou pela Ladeira da Memória e nas entradas no Metrô Anhangabaú e do Terminal Bandeira. Várias pessoas se protegeram na entrada dos terminais. Policias militares usam bombas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo, enquanto manifestantes mascarados respondem com garrafas e pedras. Orelhão em frente ao Terminal Bandeira foi depredado.
(Com Estadão Conteúdo)
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