O total de veículos envolvidos em recall no Brasil foi recorde no ano passado, com 2,81 milhões de automóveis, segundo dados da Fundação Procon-SP. O número é 85% maior em relação ao de 2014. Foram feitas 116 convocações para corrigir defeitos de fábrica, ou 20 a mais que as 96 do ano anterior.
Segundo o Procon, o problema que mais provocou recalls foi o sistema de airbag, com 21 campanhas. Um defeito no sistema fabricado pelo grupo japonês Takata - e vendido para montadoras de diversos países - poderia resultar na liberação de fragmentos metálicos quando a bolsa de ar era acionada. Houve vários casos de pessoas feridas no exterior e nove mortes. Mais de 30 milhões de carros tiveram de passar por recall. No Brasil, foram 1,36 milhão.
A Honda liderou os recalls no país em número de veículos envolvidos. Foram 1,2 milhão de automóveis em seis campanhas. Já em número de campanhas, Land Rover e Mercedes-Benz fizeram nove cada.
A diretora executiva do Procon-SP, Ivete Maria Ribeiro, diz que o recorde de recall, que vem sendo batido anualmente, mostra que as empresas estão mais preocupadas com a proteção preventiva dos consumidores. "Não é nenhum favor por parte delas, pois está previsto no Código de Defesa do Consumidor."
Ela ressalta que cabe ao fabricante realizar o recall, mas o consumidor precisa atender ao chamado. "Se o consumidor não atende e ocorre algum problema, ele pode ser responsabilizado."
Também ocorreram recalls de motos, produtos infantis, medicamentos, alimentos, xampu, bicicletas, berço, alarme de incêndio e soprador elétrico.
(Com Estadão Conteúdo)
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