O Ministério Público de Minas Gerais abriu nesta quarta-feira um inquérito civil para apurar a aplicação de recursos que deveriam ter sido distribuídos a famílias afetadas pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), em novembro do ano passado. A prefeitura recebeu doações da ordem de 1 milhão de reais, e a arquidiocese local, outros 800.000 reais.
A decisão foi tomada depois que o Ministério Público recebeu reclamações de moradores de Bento Rodrigues e de outras localidades afetadas pela lama que não tiveram acesso aos recursos. O promotor de Justiça Guilherme de Sá Meneghin vai solicitar informações como números de contas bancárias e extratos à prefeitura de Mariana e também à arquidiocese. A gestão municipal e a arquidiocese terão cinco dias para atender à solicitação da promotoria de Justiça.
Nesta quarta-feira, a Polícia Federal indiciou executivos da Samarco, da Vale e da VogBr por crime ambiental em decorrência da tragédia. A VogBr foi responsável por emitir os pareceres que atestavam a estabilidade da barragem de Fundão, que recebia rejeito de minério de ferro também da Mina de Alegria, da Vale - dona da Samarco juntamente com a mineradora anglo-australiana BHP Billiton.
(Fonte: Veja)
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