Tina Fey e Amy Poehler estão entre as principais comediantes dos Estados Unidos e fazem sucesso especialmente quando trabalham lado a lado. A amizade entre as duas é tão frutífera e engraçada na televisão americana que a dupla se tornou célebre em programas como o Saturday Night Live e à frente da cerimônia do Globo de Ouro - apresentada por elas durante três anos seguidos. Por isso, quando Tina e Amy anunciaram o retorno da dupla aos cinemas - a última vez havia sido em Uma Mãe Para o Meu Bebê (2008) - a expectativa de muitos era de que a comédia Irmãs fosse uma das mais engraçadas dos últimos anos. A promessa, contudo, não se cumpriu inteiramente.
O longa é centrado nas personagens Kate (Tina) e Maura (Amy), duas irmãs na casa dos 40 anos com personalidades completamente diferentes, embora se relacionem bem. Mãe solteira de uma adolescente, Kate não consegue se fixar em emprego algum. Sem dinheiro, sem responsabilidade e sem juízo, ela se vê também sem ter onde morar. Já Maura é uma enfermeira recém-divorciada que vive só. Ao contrário da irmã, é recatada, ingênua e busca sempre ajudar o próximo.
Dirigido por Jason Moore (A Escolha Perfeita), Irmãs possui momentos engraçados, principalmente nas cenas menos caóticas e com piadas mais sutis, que são bancadas pelo bom tempo cômico das atrizes. Por exemplo, em um diálogo entre Maura e sua manicure coreana ou entre Kate e seu desafeto de adolescência. O longa ganha quando evita lugares-comuns de comédias do tipo, como o fato de não reforçar rivalidade entre mulheres.
Por outro lado, as protagonistas carregam certos clichês, o que dá a sensação de certo desperdício na escalação de atrizes como as duas para papeis assim. A antiga e conhecida sintonia da dupla, porém, é visível e a principal garantia de risadas. Mas a verdade é que haveria apenas uma forma de Irmãs ser um filme ainda mais engraçado - e o mais divertido dos últimos tempos: se Tina Fey e Amy Poehler interpretassem elas mesmas.
https://youtu.be/GJXpZvTYPUg
(Fonte: Veja.com)
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