Las Vegas, São Paulo e Rio de Janeiro em apenas três dias. A agenda de Rafael dos Anjos, atual campeão dos pesos-leve do UFC, nunca foi tão disputada. Ser tratado como astro do MMA já virou rotina desde o começo de janeiro, quando foi anunciada a sua luta contra o algoz de José Aldo e campeão dos pesos-pena, o irlandês Conor McGregor, que subiu de categoria para tentar tirar o cinturão de Rafael no UFC 197, em 5 de março, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Mas o fluminense de Niterói quer mais do que fama: ele terá a grande oportunidade de se tornar o mais novo ídolo brasileiro no UFC se derrotar o falastrão irlandês.
Na quarta-feira, em Las Vegas, o primeiro - e conturbado - encontro entre os adversários ocorreu na coletiva de imprensa oficial. McGregor abusou de seu mais famoso recurso para desestabilizar o rival: a provocação incessante. "Vejo um cara que apesar de ser brasileiro não representa o povo como deveria. Ele traz o nome do Brasil para baixo", disse o irlandês, que praticamente tomou conta da coletiva sem dar muitas brechas para o brasileiro retrucar.
A experiência será um fator importante para o brasileiro de 31 anos, quatro anos mais velho que o irlandês. Com um cartel de 24 vitórias e sete derrotas na carreira, Rafael venceu nas duas últimas lutas Anthony Pettis, em março, quando faturou o cinturão dos pesos-leve, e Donald Cerrone, em dezembro. McGregor tem 19 vitórias e duas derrotas no MMA - a última luta foi contra José Aldo, nocauteado pelo irlandês em 13 segundos. "Quando McGregor brincava de lego, eu já estava lutando MMA. Ele já deu showzinho, agora dia 5 de março eu darei o meu show".
O lutador fluminense ainda revela mágoas pela derrota de José Aldo para o irlandês e afirma estar atento para não cometer o mesmo erro do compatriota, que, segundo ele, "se precipitou demais e tentou acabar logo com a luta". Ele diz que vai entrar com cautela e vai esperar a oportunidade certa para nocautear McGregor e, assim, vingar José Aldo e os brasileiros desolados com o massacre do irlandês na categoria dos penas.
"Não tem problema alongar uma luta e bater mais um pouquinho. Mas eu não venho no octógono para fazer hora-extra, então quero acabar com a luta quando tiver a chance". Com a perda do cinturão de Aldo, Rafael dos Anjos e o peso-pesado Fabrício Werdum são os únicos brasileiros campeões do UFC na atualidade.
(Fonte: Veja.com)
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