A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira a 22ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Triplo X. É o primeiro desdobramento das investigações sobre o mega esquema de corrupção instalado na Petrobras em 2016. A nova fase mira atividades criminosas da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, e a estratégia da construtora OAS de utilizar imóveis como método para despistar o pagamento de propina. A Bancoop foi presidida pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso e já condenado a mais de 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro por atuar como cobrador e coletor de propina do petrolão.
Ao todo são cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva nas cidades de São Paulo, Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Joaçaba (SC). Entre os presos está a publicitária Nelci Warken, que prestou serviços à Bancoop e teria ligações com a offshore Murray. Ela foi levada para a Polícia Federal em São Paulo e ainda hoje deve ser transferida para Curitiba.
Segundo a Polícia Federal, as investigações da Triplo X mostram que empresas offshores e contas no exterior eram usadas para ocultar o produto de crimes cometidos contra os cofres da Petrobras. A investida policial ocorre também contra a empreiteira OAS, suspeita de ocultar o patrimônio em empreendimentos imobiliários para camuflar o pagamento de propina. Os executivos da OAS já foram condenados por Moro, incluindo o então presidente Leo Pinheiro, penalizado com 16 anos e quatro meses de prisão.
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