O domingo em Olinda é o dia em que as fantasias mais caprichadas ganham as ruas. Foliões passam todo o ano se planejando para o bloco Enquanto Isso na Sala da Justiça, que se concentrou às 9h no Alto da Sé.
Enquanto se via, na rua, heróis famosos como Laterna Verde, Super-Homem e Wolverine, e também personagens inventados pelos próprios foliões, no alto de uma caixa d'água o tradicional Homem-Aranha do bloco se preparava para fazer a descida com rapel, um esporte radical. Cerca de 11h30 o herói percorreu os quase 20 metros de altura e ganhou aplausos e gritos de incentivo do público.
E não foram apenas os super-heróis que apareceram em Olinda neste domingo. Os foliões aproveitaram para lembrar acontecimentos marcantes do ano passado e do início deste ano. O que mais se via na cidade eram mosquitos da dengue e alusões à crise. A gafe do concurso Miss Universo de 2015 - que teve a miss Colômbia coroada por engano e logo depois destronada pela campeã efetiva - também foi copiada, e com direito à encenação.
As máscaras de luta livre também estavam populares. Isso porque o Alto da Sé também recebeu o bloco Mucha Lucha, que levou até um ringue para as ladeiras da cidade.
Folia no agreste - No interior de Pernambuco, festas tradicionais também animam o público. Em Bezerros, município do agreste do estado a cerca de 100 quilômetros do Recife, o dia é dos papangus, uma tradição centenária na cidade.
A ideia do papangu é brincar o Carnaval sem ser identificado. O traje tradicional cobre todo o corpo, e a máscara, feita de papel maché ou simplesmente comprada pronta, esconde o rosto e o cabelo do folião.
Este ano são esperadas 100 mil pessoas para a folia dos papangus, que tomam as ruas ao som do frevo.
(Com Agência Brasil)
Mín. 22° Máx. 39°