Goleiro da seleção brasileira de handebol é vítima de racismo na Espanha

O goleiro da seleção brasileira masculina de handebol, César Augusto Oliveira de Almeida, mais conhecido como Bombom, foi alvo de ofensas racistas na Espanha. No fim de semana, ele foi xingado por torcedores do Ángel Ximénez Puente Genil quando defendia o seu time, o Fraikin Granollers, fora de casa, em jogo do campeonato local. O jogador relatou as ofensas aos árbitros que interromperam a partida por alguns minutos até que os torcedores racistas fossem retirados da quadra.

Nesta terça-feira, a Associação de Clubes Espanhóis de Handebol (Asobal, na sigla em espanhol) divulgou um comunicado oficial para reprovar a atitude dos torcedores do Puente Genil. "A Asobal gostaria de destacar a forte condenação e categórica rejeição a qualquer forma de discriminação em competições, seja por motivos de raça, religião, sexo, orientação sexual ou de qualquer outra forma", declarou a entidade.

A diretoria do Puente Genil também repudiou o episódio. "O clube pede desculpas a César Augusto Oliveira de Almeida. Compreendemos sua indignação diante deste tipo de comportamento que condenamos de maneira enérgica." O clube prometeu proibir a entrada do torcedor nas próximas partidas da equipe. Em seu Twitter, Bombom agradeceu seus seguidores pelo apoio. "Muito obrigado por todas as mensagens de ânimo! Espero que isso não volte acontecer!", escreveu.

Não é a primeira vez que o goleiro campeão pan-americano em 2015 com a seleção brasileira sofre com preconceito racial. Há dois anos, ele também foi ofendido pela torcida rival durante um jogo da liga local. Na época, defendia o BM Guadalajara, que disputa a mesma competição.

(Fonte: Veja.com)