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Aldo Rebelo compara zika a terrorismo e diz que Rio-2016 não corre risco

12/02/2016 às 14h08
Por: Tribuna Popular
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O ministro da Defesa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou nesta quinta-feira que não acredita que a epidemia de zika atrapalhará a realização da Olimpíada deste ano, no Rio. Ele comparou o risco da doença com o do terrorismo enfrentado por outras cidades que já sediaram os Jogos, como Londres, em 2012. "O mundo vive sob riscos, ou de saúde, de natureza política ou de terror. O risco tem que ser combatido com medidas eficazes, mas a humanidade não pode deixar de realizar suas tarefas de eventos internacionais por conta de riscos e ameaças, que devem ser combatidos", disse Rebelo, em Brasília.

Para o ministro, a mobilização do governo para combater o mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya, demonstrará à comunidade internacional que o Brasil está preparado para enfrentar o problema. "Com o esforço que o governo está fazendo, não creio que a Olimpíada possa sofrer prejuízo", afirmou. O ex-ministro dos Esportes lembrou ainda que "infelizmente, os riscos ocasionados pelo mosquito não estão restritos ao Brasil, mas a outras partes do mundo".

Neste sábado, cerca de 220.000 militares das Forças Armadas farão um mutirão em 356 cidades do país para distribuir panfletos informativos sobre como eliminar o foco do mosquito. A própria presidente Dilma Rousseff participará da mobilização e acompanhará atos da campanha no Rio. A meta é que 3 milhões de moradias sejam visitadas.

Na próxima semana, em uma ação mais direta, 50.000 militares serão mobilizados para aplicar larvicidas e outros produtos em residências. "Alguns chegam a falar que três quintos dos casos da doença têm origem dentro da casa das pessoas. Não adianta apenas o governo limpar as áreas públicas se não houver uma mobilização da população, essa campanha não tem como ser vitoriosa", disse Rebelo.

Além da mobilização junto com a população, o governo anunciou nesta quinta a assinatura do primeiro acordo internacional para o desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus. A parceria foi feita entre a Universidade do Texas e o Instituto Evandro Chagas, no Pará. De acordo com o Ministério da Saúde, a estimativa é de que o produto esteja concluído entre um e dois anos. Terminado esse prazo, teriam início os testes, que devem durar mais dois anos.

COI - Também nesta quinta-feira, o médico do Comitê Olímpico Internacional (COI), Richard Budgett, comentou sobre a preocupação da entidade em relação ao zika, mas descartou a hipótese de adiamento dos Jogos do Rio, marcado para 5 a 21 de agosto. "Absolutamente não. Ninguém das autoridades públicas ou da Organização Mundial de Saúde, ou do governo está sugerindo que nós deveríamos considerar o cancelamento dos Jogos", disse Budgett à agência AP.

"A preocupação é apropriada, mas não há nenhuma restrição para viagens. As pessoas precisam tomar medidas para evitar serem picadas e ficarem sensíveis. Nossa prioridade é a proteção da saúde dos atletas. O COI não está sendo complacente. Nós estamos levando isso muito a sério. Tudo está sendo feito para conter e reduzir esse problema na preparação para os Jogos", completou.

(com Estadão Conteúdo)

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