A 7ª Vara Federal de Santos enviou uma série de ofícios a cartórios de registros de imóveis de cidades onde a família de Neymar tem propriedades para congelar os bens do atacante do Barcelona. Foram enviados comunicados para cartórios de Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, São Paulo e Itapema (SC) e também para a Capitania dos Portos de São Paulo e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) - além das residências, serão bloqueados um iate e um avião de Neymar.
Na semana passada, a Justiça Federal manteve a decisão provisória de bloquear 188 milhões de reais de bens do atacante Neymar, de seus pais, Neymar da Silva e Nadine da Silva Santos, e das empresas Neymar Sport e Marketing, N&N Consultoria Esportiva e Empresarial e N&N Administração de Bens Participações e Investimentos.
O bloqueio foi feito a partir de um pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional que suspeita de sonegação de impostos de 2011 a 2013, período em que o atleta ainda defendia o Santos. Segundo a Receita Federal, Neymar deixou de pagar 63,6 milhões de reais, referentes a direitos de imagem. O órgão avalia que os rendimentos eram de natureza salarial, o que significaria uma tributação maior.
O valor inicial foi reajustado por causa de uma multa de 150% em decorrência da denúncia tributária e dos juros e subiu para 192 milhões de reais. A sentença cabe recurso da defesa do jogador. Os advogados de Neymar não foram encontrados para avaliar a decisão.
Em outro processo que tramita no Brasil, revelado com exclusividade pela revista VEJA em janeiro, o Ministério Público Federal denunciou à Justiça Neymar e seu pai e empresário, sob as acusações de falsidade ideológica e sonegação fiscal.
Além dos dois, foram denunciados o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell e o atual, Josep Maria Bartolomeu. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de prisão. O jogador e seu pai ainda respondem a dois processos na Espanha, referentes à venda do craque para o Barcelona, em 2013.
(com Estadão Conteúdo)
Mín. 22° Máx. 39°