A conhecida tropa de choque do PT entrou em campo nesta quinta-feira para blindar a convocação do ministro Jaques Wagner, da Casa Civil, à CPI dos Fundos de Pensão. Os membros do colegiado defendem a ida de Wagner para que ele dê explicações sobre a suspeita de ter atuado junto a empreiteiras enroladas na Operação Lava Jato em ações ligadas a fundos de pensão e também sobre mensagens interceptadas pela Polícia Federal que indicam que ele negociou doações com o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, para a campanha petista na disputa pela prefeitura de Salvador em 2012.
Capitaneada pelos deputados Erika Kokay (PT-DF), Paulo Teixeira (PT-SP) e Ênio Verri (PT-PR), a ação foi composta por um "kit obstrução" que arrastou a sessão até a abertura das votações em plenário, o que impede a atuação das comissões. Antes, porém, os governistas saíram derrotados e não conseguiram evitar a aprovação da prorrogação da CPI por mais 60 dias. O argumento deles, que tem como pano de fundo justamente barrar a audiência do ministro, é que não é necessário fazer novas oitivas e que seria "leviandade" transformar o colegiado em palanque político. "Leviandade é deixar roubar e não apurar", rebateu o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), em resposta a Ênio Verri. Para que, de fato, ganhe mais dois meses de trabalho, a prorrogação tem de ser pautada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Será feita uma nova tentativa de convocar Jaques Wagner ainda nesta tarde ou na próxima terça-feira.
(Fonte: Veja.com)
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