A ex-campeã do UFC Ronda Rousey se disse surpresa com a reação das pessoas à sua revelação de que cogitou se matar depois da perda do cinturão para Holly Holm, em novembro do ano passado. A lutadora americana relembrou seu trágico histórico familiar - seu pai e seu avô cometeram suicídio - e afirmou que o tema não pode ser tratado como uma "fraqueza que deve ser condenada".
"Há um histórico de suicídios na minha família. Meu pai e o pai dele tiraram suas próprias vidas. E acho que essa é a principal causa de mortes em adolescentes", afirmou Ronda ao site americano TMZ. Ela contou que recebe ajuda psicológica em uma clínica de Los Angeles e disse que procura abordar o tema com naturalidade. "Meu último encontro falou sobre acabar com o estigma sobre suicídio e fazer com que seja aceitável para as pessoas falar sobre isso e buscar ajuda e não sentir vergonha delas mesmas por isso. Elas devem ser encorajadas a falar".
"Houve repercussão negativa em minhas declarações. Isso é algo real que muitas pessoas enfrentam, não uma espécie de fraqueza que deve ser condenada. É algo que realmente afetou minha família e farei tudo que eu puder para que menos pessoas sejam afetadas", completou Ronda.
Na mesma entrevista ao TMZ, Ronda ainda criticou as declarações do boxeador Manny Pacquiao sobre homossexuais - o filipino os comparou a animais e usou sua religião para se opor ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Eu entendo que muita gente usa religião como razão para ser contra pessoas gays, mas não houve um 'Tu não serás gay'. Deus nunca disse isso", disse Ronda, antes de elogiar o papa Francisco, a quem chamou de "o chefe". "Ele disse outro dia que a religião deveria ser abrangente e passar a mensagem de amar a todos e não abandoná-los. Acho que as pessoas levam a mensagem errada às vezes".
(Fonte: Veja.com)
Mín. 22° Máx. 39°