O Viaduto Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, foi reaberto parcialmente na madrugada desta quinta-feira pela prefeitura de São Paulo, somente para ônibus. A previsão inicial era de que a estrutura fosse demolida, depois que uma explosão, causada pela colisão entre dois caminhões, no último dia 13, danificou o elevado e o manteve fechado para a circulação de veículos desde então.
A administração municipal se baseou em três laudos para permitir o trânsito sobre o viaduto: um feito pela empresa Concremat, outro pela Falcão Bauer e o último pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Afonso de Oliveira Almeida, engenheiro civil especialista em resistência de materiais.
De acordo com a prefeitura, os laudos das empresas de engenharia já indicavam que o viaduto não precisaria ser demolido, mas o professor foi contratado para atestar os resultados. "Aguenta 100% [de movimento]? Aguenta. Mas a recomendação é começar gradualmente [a circulação sobre o elevado]", disse o prefeito Fernando Haddad (PT).
O acidente ocorreu no dia 13 de fevereiro, quando o condutor de um caminhão, com uma carga de açúcar, trafegava na Bandeirantes e não parou depois que o semáforo fechou no acesso à avenida Santo Amaro. Ele disse ter sido fechado por um carro de passeio. Já o motorista do caminhão tanque saiu logo que o sinal abriu sem perceber o outro caminhão. Após a ocorrência, chegou-se a cogitar que o viaduto seria demolido, parcial ou totalmente, porque a temperatura da estrutura chegou aos mil graus.
Duas faixas estão liberadas, uma em cada sentido, desde a madrugada. Agentes da Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) monitoram motoristas que passam pela região. Apesar da liberação, a mudança ainda provoca reflexo no trânsito, segundo a CET: há três quilômetros de lentidão na Avenida dos Bandeirantes, no sentido Imigrantes-Marginal, da Avenida Miruna até o Viaduto Santo Amaro.
(Com Estadão Conteúdo)
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