Horas antes da eleição presidencial da Fifa em Zurique, Joseph Blatter, mandatário da entidade de 1998 até o ano passado, se disse "um homem feliz" ao deixar o cargo. O dirigente suíço de 79 anos se negou a baixar a cabeça, mesmo depois de ter sido suspenso do futebol por seis anos por suspeitas de corrupção - por isso, foi impedido de se despedir do mundo do futebol no congresso desta sexta-feira - e disse que ainda se sente o dirigente mais importante do futebol.
A suspensão imposta a Blatter termina em 2022, antes da Copa do Mundo do Catar. Mas ele nega qualquer possibilidade de voltar. "Não, basta, é suficiente. Mas serei para sempre o presidente", afirmou Blatter ao jornal americano New York Times na quinta-feira. "Todos os dias são dias de festa. Sou um homem feliz. Às vezes triste, sim, mas sou um homem feliz.", completou.
Blatter acredita que seu afastamento de seis anos será revertido pela Corte Arbitral do Esporte e lamentou a forma como a Justiça suíça lidou com as denúncias contra ele. "Nenhum homem é um profeta em seu país. As autoridades me trataram como se eu fosse o último gângster do mundo".
Blatter evitou declarar seu apoio a um dos cinco candidatos, mas defendeu o xeque Salman Bin Ebrahim Al-Khalifa. Para ele, as denúncias sobre violações aos direitos humanos não têm credibilidade. "No país dele, o Bahrein, é muito diferente. E os europeus, será que são tão limpos com os direitos humanos?". Salman e o suíço Gianni Infantino são os favoritos no pleito desta sexta.
(Fonte: Veja.com)
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