Um grupo de manifestantes foi até a sede da Fifa, em Zurique, nesta sexta-feira, para protestar contra a candidatura de Salman Bin Ebrahim Al-Khalifa à presidência da entidade. Presidente da Federação Asiática de Futebol e primo do rei do Bahrein, Salman é acusado de ter perseguido atletas que participaram de protestos contra o governo de seu país. Ele é um dos favoritos para a eleição que acontece nesta manhã.
Os manifestantes carregaram mensagens e cartazes com fotos de pessoas supostamente torturadas pelo governo do Bahrein. O xeque bareinita é alvo de críticas de organizações de defesa dos direitos humanos, que o acusam de envolvimento na repressão da revolta xiita de 2011 no seu país, em meio à Primavera Árabe. Salman sempre considerou as alegações como "mentiras horrorosas".
Presidente da Confederação Asiática desde 2013 e vice-presidente da Fifa desde 2015, Salman sonha em se tornar o primeiro dirigente de seu continente a chegar ao mais alto cargo do futebol mundial. Com o apoio oficial das confederações asitática e africana, que reúnem 52 dos 207 membros com direito de voto na eleição, Salman divide o favoritismo com Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa.
Perfil - Torcedor do Manchester United, Salman, de 50 anos, tem a reputação de ser um homem discreto. Ele nasceu em Londres e estudou contabilidade na capital inglesa, e também se formou em história e literatura inglesa no Bahrein, antes de virar empresário de sucesso da construção civil e do comércio internacional. Ele chegou ao primeiro cargo oficial no futebol em 1998, como vice-presidente da federação do Bahrein, da qual assumiu o comando em 2002.
Seu nome começou a ser mais cotado com a desistência de Michel Platini, presidente da Uefa, que ficou fora do páreo em dezembro. No seu programa oficial de campanha, Salman prometeu "uma reformulação completa da organização e a introdução de mecanismos de controle rigorosos". Outro trunfo é sua ligação estreita com o influente xeque kuwaitiano Ahmad al-Fahad Al-Sabah, membro do Comitê executivo da Fifa, e considerado um 'fazedor de reis' na entidade que rege o futebol mundial.
(com agência AFP)
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