Quarta, 27 de Novembro de 2024
23°C 39°C
Jardim, MS
Publicidade

Congresso propõe agenda econômica independente do governo

01/03/2016 às 13h10
Por: Tribuna Popular
Compartilhe:
 -
-

À revelia do Palácio do Planalto, o Senado e a Câmara querem assumir um papel de protagonista e vão propor uma agenda econômica independente para ser apreciada pelos parlamentares no primeiro semestre. A pauta do Congresso deverá conter propostas que contrariam as prioridades do governo ou do PT, como a concessão de independência ao Banco Central, a proibição de mudanças em contratos de concessão, a fixação de teto para o endividamento da União e as reformas tributária e previdenciária.

Animado com a aprovação do projeto que muda as regras de participação da Petrobras na área do pré-sal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer fechar esta semana a pauta "expressa" que será votada até julho. Ele se reúne nesta terça-feira, dia 1º, com a bancada do PT, uma das mais críticas à sua agenda.

Mas, em conversa com aliados, Renan já adiantou que quer priorizar a independência do BC, uma proposta que altera a Constituição para impedir que o governo mude as regras das concessões públicas depois de realizada a licitação, a chamada PEC dos Contratos.

O avanço dessas propostas podem atrapalhar as medidas de ajuste, como retorno da CPMF. Parlamentares chegam a defender que não se vote medidas como a volta do imposto do cheque. "Por mim, não vota nenhum aumento de imposto enquanto o governo não fizer as reformas estruturais. Senão você só vai aumentar imposto e não vai votar coisa nenhuma porque o PT não quis votar a mudança das regras do pré-sal, imagina a reforma da Previdência?", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ao jornal O Estado de S. Paulo. Jucá é hoje um dos mais próximos interlocutores do Congresso com o ministro Nelson Barbosa (Fazenda).

Numa demonstração de dificuldades que o governo poderá ter, Jucá classificou como "doidice" a proposta do ministro Barbosa de adotar uma "banda fiscal" para acomodar a frustração de arrecadação deste ano. "Precisamos ter realismo fiscal", afirmou o senador. Jucá se diz a favor do projeto de endividamento da União, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).

O diagnóstico de aliados de Renan é que o governo Dilma Rousseff não tem reagido e se mantém inerte sem propor sólidas alternativas para tirar o país da recessão e reverter o aumento do desemprego e do aumento da inflação. Dessa forma, será necessário ter um papel mais ativo em 2016, uma vez que o governo não "abraçou" a Agenda Brasil, conjunto de propostas lançadas por Renan em agosto passado. Por isso, querem votar outras medidas que tragam segurança jurídica para os investidores.

Comissões - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também anunciou nesta segunda-feira uma agenda própria para os deputados. Ele vai criar comissões temáticas que devem atuar por 30 dias para discutir uma série de assuntos.

A primeira delas debaterá todas as propostas de exploração do pré-sal, tanto a que tramita na Câmara como a que foi aprovada pelos senadores na semana passada. "A resultante da comissão especial é que será levada ao plenário", disse Cunha.

(Com Estadão Conteúdo)

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Jardim, MS
37°
Tempo nublado

Mín. 23° Máx. 39°

37° Sensação
4.57km/h Vento
29% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
05h53 Nascer do sol
07h11 Pôr do sol
Qui 38° 24°
Sex 39° 23°
Sáb 40° 22°
Dom 38° 22°
Seg 36° 22°
Atualizado às 13h05
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,92 +1,83%
Euro
R$ 6,25 +2,57%
Peso Argentino
R$ 0,01 +1,20%
Bitcoin
R$ 603,979,42 +5,06%
Ibovespa
127,983,72 pts -1.49%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade