Terça, 26 de Novembro de 2024
22°C 39°C
Jardim, MS
Publicidade

Relatório do COI cita 'crise profunda' na preparação da Rio-2016

03/03/2016 às 15h51
Por: Tribuna Popular
Compartilhe:
 -
-

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e Carlos Arthur Nuzman, chefe do Comitê Organizador da Rio-2016, tentaram amenizar nesta quarta-feira suas preocupações sobre a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. No entanto, documentos internos da entidade, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, avaliaram que o Brasil vive "crise profunda" e enumeraram uma série de problemas na organização da Olimpíada.

Os principais entraves estão relacionados com as instalações, como o Engenhão, fornecimento elétrico "de alto risco" e os eventos marcados para o Complexo Olímpico de Deodoro. Em um relatório de suas atividades, Bach registrou um encontro com comitês olímpicos europeus em que diz que convidou o grupo "a trabalhar em solidariedade perfeita com os organizadores, diante da crise profunda que o Brasil enfrenta".

Os documentos foram usados para cobranças na reunião de quarta-feira entre o Comitê Executivo do COI e os delegados do Rio de Janeiro. No "informe sobre as atividades administrativas do COI", a entidade enumera os problemas que enfrenta no Rio, a cinco meses do início do evento.

Numa lista de "preocupações relacionadas com os esportes", o COI aponta deficiências na "finalização das instalações para remo e canoagem (incluindo as arquibancadas temporárias na Lagoa Rodrigo de Freitas), polo aquático e saltos ornamentais, ciclismo, vôlei, equitação e o estádio olímpico". O documento datado do dia 29 de fevereiro, porém, não detalha quais os problemas em cada um dos pontos mencionados. O relatório é de responsabilidade do diretor-geral do COI, o belga Christophe de Kepper.

O Departamento de Tecnologia e de Informação do COI alerta que "os prazos para garantir a alimentação elétrica temporária a partir de julho de 2016 estão muito apertados", o que é agravado pelo corte de recursos e sugere "acompanhamento de perto pelo COI".

Depois da reunião em Lausanne nesta quarta entre os organizadores brasileiros, COI e 28 federações esportivas, as entidades envolvidas pediram que fossem consultadas sobre os cortes que os brasileiros teriam de fazer. O documento indica que o impacto sobre o conforto dos atletas era uma preocupação, ainda que as federações tenham "concordado de uma forma geral em adotar um tom de flexibilização em suas exigências".

Segundo o informe, oito federações ainda se reuniram no mesmo dia para tratar especificamente da situação do Complexo de Deodoro. O consenso do encontro foi a preocupação relacionada com o bem-estar dos espectadores. Foi criada uma força-tarefa para garantir que atletas e espectadores tenham níveis de conforto em linha com os padrões dos Jogos Olímpicos.

Em Deodoro, serão disputadas competições de hipismo, ciclismo (BMX e mountain bike), pentatlo moderno, tiro esportivo, canoagem slalom e hóquei sobre grama. Para as federações, porém, a preocupação é que o local não esteja no padrão do COI para eventos de nível internacional.


O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, durante uma coletiva de imprensa, no Rio de Janeiro. A Comissão Organizadora garantiu hoje (04) que todas as obras serão entregues a tempo e que o evento deixará um legado exclusivo para o país
O presidente do (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos de 2016, Carlos Arthur Nuzman(Michael Kappeler/EFE)

Cortes - O presidente do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio de Janeiro, Carlos Arthur Nuzman, e o diretor de comunicação do órgão, Mario Andrada, tiveram discursos diferentes sobre os cortes no orçamento do evento, o que seria consequência da crise econômica do Brasil.

O orçamento total da Olimpíada, por enquanto, está em 7,4 bilhões de reais. Para manter o valor estipulado, 12% dos custos inicialmente programados foram dispensados, o que significa um corte de 900 milhões no orçamento.

Nuzman nem confirmou nem negou a informação. "Somos muito transparentes. Estamos em um caminho muito bom. Não são cortes. Vamos organizar tudo com um orçamento mais equilibrado. Estamos fazendo o que nós prometemos", disse Nuzman. Ele afirmou ainda que os Jogos não serão prejudicados. "Os atletas terão tudo. Não há cortes que afetem os Jogos, os locais de eventos e atletas".

Nuzman admitiu, porém, que a crise econômica vem afetando a organização. "Temos uma situação pior (do que em 2009, quando o Rio foi escolhido). Mas temos os pés no chão. Não só no Brasil, mas em todo o mundo, estamos em uma situação completamente diferente."

Já Andrada admitiu "cortes impressionantes nos Jogos", inclusive em construções temporárias e operações das instalações.

(com Estadão Conteúdo)

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Jardim, MS
39°
Tempo nublado

Mín. 22° Máx. 39°

39° Sensação
3.37km/h Vento
22% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
05h53 Nascer do sol
07h10 Pôr do sol
Qua 39° 23°
Qui 37° 24°
Sex 39° 25°
Sáb 38° 22°
Dom 36° 22°
Atualizado às 13h05
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,81 +0,08%
Euro
R$ 6,08 -0,24%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,59%
Bitcoin
R$ 564,669,17 -3,28%
Ibovespa
130,066,79 pts 0.8%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade