O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou na noite desta quinta-feira liberdade ao marqueteiro do PT João Santana e à esposa dele, Mônica Moura, ambos presos na 23ª fase da Operação Lava Jato. Em decisão liminar, o desembargador João Pedro Gebran Neto afirmou que existem indícios de que os dois receberam dinheiro do esquema do petrolão e que, se colocados em liberdade, poderiam destruir provas colhidas nas investigações.
O magistrado destacou que nem mesmo o início da Operação Lava Jato, em março de 2014, desestimulou o casal a receber dinheiro de empreiteiras em contas secretas no exterior. "Sequer a instauração de várias ações penais, com diversas ordens de prisão, inibiu o paciente e os demais envolvidos, de onde é possível supor a impossibilidade de desagregação do grupo criminoso sem a segregação cautelar dos envolvidos", disse ele em sua decisão. Gebran lembrou ainda que o casal Santana não conseguiu comprovar a origem lícita do dinheiro depositado nas contas no exterior, nem "afastar os indícios de envolvimento com corrupção sistêmica que se instalou [ou] abalar os indícios de destruição de evidências". Eles tiveram a prisão temporária decretada no final de fevereiro. Em 4 de março, o juiz Sergio Moro decretou a detenção preventiva de ambos e, com isso, não existe prazo para que sejam colocados em liberdade.
(Fonte: Veja.com)
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