A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta terça-feira a suspensão de Maria Sharapova do cargo de embaixadora da entidade pelo resultado positivo da tenista russa para uma substância proibida, detectada em exame-antidoping realizado em janeiro deste ano durante o Aberto da Austrália. A função da atleta era ajudar na erradicação da pobreza no Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PDNU). Ela era embaixadora do órgão desde 2007.
"O PDNU continua grato a Maria Sharapova pelo apoio ao nosso trabalho, especialmente em torno da recuperação do desastre nuclear de Chernobyl. No entanto, após o anúncio de Sharapova, ela estará suspensa do cargo de embaixadora durante o prosseguimento da investigação", comunicou a ONU através de um porta-voz.
Sharapova revelou na semana passada que foi flagrada em uma amostra pelo uso de Meldonium, responsável por melhorar o metabolismo e a circulação sanguínea. A tenista afirmou que usava um medicamento que continha essa substância para controlar problemas cardíacos e previnir diabetes, dado ao seu histórico familiar. A substância foi incluída na lista negra da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) a partir de janeiro deste ano. Sharapova justificou o erro ao dizer que não sabia da existência dessa lista, mas admitiu a falha e se desculpou aos fãs.
Logo um dia após o anúncio do doping, os patrocinadores da atual número 7 do mundo no ranking mundial feminino cancelaram seus vínculos com a tenista. Entre as empresas, estão a fornecedora de materiais esportivos Nike, a luxuosa marca de relógios suíços TAG Heur e a montadora alemã Porsche. Sharapova está suspensa desde 12 de março pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) até o término das investigações e, consequentemente, do julgamento sobre seu caso de doping.
(Com Gazeta Press)
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