O segundo dia de paralisação dos professores da Rede Municipal de Ensino contou com o apoio de vários professores da Rede Estadual de Ensino que compareceram na passeata desta quarta-feira, 16. A categoria reivindica pelo cumprimento da Lei Municipal nº 5.411, de 2014 que determina a integralização do piso salarial profissional nacional ao piso do magistério municipal. “A gente vê várias leis sendo aplicadas e a nossa lei que o próprio município fez é deixado de lado”, desabafa o professor municipal Ângelo Mendonça.
Na reunião feita no final da manhã de ontem, 15, o prefeito Alcides Bernal (PP) suspendeu a tramitação da ação que condena como ilegal a greve dos professores que foi feita no ano passado, 2015. Essa suspensão foi decretada por 40 dias, nesse tempo é que vão ser feitas as negociações para ver se há acordo no pagamento do reajuste. “Nós não vamos ficar esperando de braços cruzados 40 dias”, afirma o presidente do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública - ACP, Lucílio Souza Nobre.
Segundo o presidente eles aceitaram a proposta com a ressalva da comissão da ACP que vai constantemente se reunir com prefeito e secretários para acompanhar e tenta diminuir o tempo para até 15 dias. Além do cumprimento da lei, professores estão na luta e defesa por uma educação de qualidade e da valorização dos professores. São contra a contratação terceirizada na educação e a contra a reforma da previdência que muda a idade da aposentadoria, mulheres que se aposentavam com 55 anos com a reforma só poderão de aposentar com 65 e homens que antes eram 60 anos com a reforma sobem para 65 anos.
Diante disso se vê também a desvalorização da mulher no mercado de trabalho, maioria dos professores são mulheres. A paralisação segue até amanhã, quando professores irão “pressionar” vereadores na Câmara Municipal para que ajudem a diminuir o tempo da suspensão. Na sexta-feira, 18, as aulas seguem normalmente e os três dias de paralisação serão repostos.
(Fonte: Diariodigital)
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